20/03/2015

Resenha - Terminais


Nome: Terminais
No Original: Terminal
Autor (a): Roderick Gordon, Brian Williams
Tradutor (a): Ryta Vinagre
Páginas: 416
Editora: Rocco
Comprar: Submarino - Travessa - Saraiva - Cultura
Sinopse: No sexto e último volume da saga, os jovens Will e Elliot retornam ao interior da terra. O caminho de volta está lacrado pela detonação de uma ogiva nuclear e os dois estão sozinhos graças à quebra do frasco contendo um supervírus que erradica praticamente toda a vida do subterrâneo. Na superfície, Jiggs descobre que Drake sobreviveu à explosão nuclear, mas está ferido e contaminado pela radiação. O soldado também encontra o corpo calcinado de Rebecca Um, a gêmea Styx, quando se prepara para mover o amigo de volta para a superfície. Na agora vazia Nova Germânia, Elliot e Will são surpreendidos pela aparição de três sobreviventes do vírus. E ainda um dos bosquímanos da selva interior. Juntos, este estranho grupo parte para explorar as pirâmides do mundo interior em busca de respostas para a origem dos Styx. As notícias na crosta não são animadoras. A Inglaterra está isolada do restante do mundo e os Styx assumiram o controle de quase todo o país, com o auxílio dos suas crias, os monstruosos e assassinos Armagis. Lutando em duas frentes, Will e seus amigos tentam a todo custo salvar a terra dos planos malignos dos Styx. Mas, para vencer a batalha, sacrifícios terão que ser feitos.

Desde o começo da série Túneis me surpreendeu para o bem e para o mal. Quem lê o primeiro e o segundo livro não espera o que acontece no terceiro e no quarto e quem lê os dois não espera o rumo que as coisas tomam no quinto e o mesmo acontece agora. Quando cheguei a metade de Terminais mais uma vez vi tudo o que pensava mudar, Roderick Gordon e Brian Williams conseguiram uma série repleta de surpresas, um universo extremamente rico e criativo. A forma que a trama foi executada ao longo dos 6 livros pode não ter sido a melhor, mas que é sem dúvida nenhuma uma das séries mais criativas e únicas que conheço é sim. O mundo criado pelos dois tem uma identidade própria forte e nessa conclusão deixa o leitor se perguntando e agora? Conheçam.

O grupo de personagens está dividido, depois da explosão e das passagens para superfície seladas e o vírus liberado cada um enfrenta seus próprios problemas. Will e Elliot achavam que eram os únicos sobreviventes em Nova Germânia, mas dois irmãos e o filho de um deles conseguiram sobreviver ao vírus se refugiando no hospital selados em câmaras e roupas próprias, ao lado de um bosquímano são os últimos sobreviventes do vírus no interior e graças ao sangue imunizado de Will e Elliot eles agora vagam pela estranha planície, aparentemente o bosquímano está desesperado para mostrar algo a Elliot, a garota que é filha de um humano com um Styx parece ser o que o estranho ser esperava. Enquanto isso na crosta a Inglaterra está isolada, separada do resto do mundo o país pouco a pouco vai sendo destruído pelos Armagis, as crias de Hermione, que ao lado de Rebecca Dois controlam a invasão, destruindo fontes de energia, e colocando ainda mais caos no país. O grupo de militares liderado por Parry busca informações para acabar com os Armagis antes que seja tarde, mas submarinos americanos começam a se preparar para um ataque nuclear. Depois de uma conversa franca com o presidente Obama e a explosão do parlamento inglês o grupo vê suas alternativas se esgotar. Porém ninguém imagina que a chave para acabar de vez com os Armagis e todos os Styx está nas mãos de Elliot. A Terra revelará sua verdadeira natureza, para o bem ou mal, e voltará para casa.

É a partir desse ponto que a história se desenvolve. A narrativa está mais fluída e envolvente do que nos livros anteriores, dividida entre os personagens mais importantes até culminar em um fim tenso, cheio de ação e revelações. Os autores conduziram muito bem essa trama final, e de modo muito mais conciso e objetivo, acabei gostando muito do livro, mais do que imaginava depois do ritmo dos últimos livros. A surpresa de Elliot foi boa visto que a personagem desde que apareceu no livro dois só cresceu, sempre envolvida nas partes que mais cativavam de cada livro. Apenas uma morte me chateou bastante, e a falta de fim para os três neogermanos que foram encontrados vivos que ficou ruim. Ele não podia ter morrido. Foi difícil ler o livro pensando em que anos se passaram e que Will já é um adolescente e tudo, ele também melhorou ao longo dos livros e as cenas na Nova Germânia foram o ponto alto de Terminais.

A ambientação mais uma vez surpreende, a capacidade de descrever ambientes vívidos com pouco chama atenção no estilo de Williams e Gordon, estou bem curiosa para saber se os autores vão voltar com uma série spin-off que pegue a história de onde parou afinal aquele fim apesar de amarrar todas as pontas importantes deixa dois novos pontos digamos aos 48 do segundo tempo. Eu gostei da surpresa, passou longe de tudo que imaginei quando comecei a ler a série, tanto que Túneis é uma das séries que mais surpreendeu com seu destino. Seria legal os autores voltarem, não posso falar muito, mas sério, uma nave? Até que fez sentido.

Leitura rápida e instigante, que a cada capítulo acelera mais a curiosidade do leitor. Roderick Gordon e Brian Williams criaram uma série de universo único, muitas reviravoltas, personagens que mudaram muito e cresceram, mas acima de tudo uma série que explora o desconhecido, que vê perguntas onde ninguém esperava, e com a simples premissa de explorar o interior do planeta os dois autores criaram um mundo de possibilidades que surpreendeu. A edição da Rocco está ótima, fonte, tradução e capa, ao longo da série o mesmo padrão. Recomendo quem busca uma série juvenil criativa, os primeiros livros podem ser lentos, mas a série surpreenderá você, pode ter certeza. Leiam! Até mais!

Túneis - Roderick Gordon & Brian Williams
1- Túneis
2- Profundezas
3- Vertigens
4- Armadilhas
5- Espirais
6- Terminais

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