30/12/2016

Resenha - Sociedade da Rosa


Nome: Sociedade da Rosa
No Original: The Rose Society
Autor (a): Marie Lu
Tradutor (a): Rachel Agavino
Páginas: 336
Editora: Rocco
Comprar: Amazon - Submarino - Saraiva - Cultura
Sinopse: Nome em ascensão na literatura young adult, Marie Lu conquistou seu lugar nas listas dos mais vendidos dos EUA com as séries Legend e Jovens de Elite, ambas com direitos de adaptação para o cinema adquiridos por grandes estúdios. A sociedade da Rosa é o segundo volume da saga de fantasia medieval Jovens de Elite e mostra a jovem Adelina Amouteru com sede de vingança. Depois de ser renegada pela família, ela é traída por aqueles em quem confiou, e parte em busca de outros malfettos — sobreviventes da febre do sangue que, como ela, possuem dons fantásticos —, para formar um exército próprio e combater a Inquisição do Eixo. Mas o ódio e o medo que a alimentam podem levá-la por caminhos perigosos, e uma oferta tentadora vai testar a verdadeira natureza dos seus poderes e de sua personalidade. Uma sequência de tirar o fôlego para uma saga épica.

Quando li o primeiro livro fiquei bastante surpresa porque Marie Lu escolheu rumos completamente diferente do que estamos acostumados em fantasias jovens. A autora saiu da zona de conforto, complicou tudo umas cinco vezes e deixou o leitor cheio de dúvidas, afinal o que poderia vir a partir daquele fim? Sociedade da Rosa, segundo livro da trilogia chega para demonstrar que Marie Lu não estava de brincadeira e sua nova trilogia é tudo menos adepta da zona de conforto. Conheçam e se ainda não começou a trilogia está na hora de repensar e começar.

Malfettos são sobreviventes da febre do sangue, cada um possui dons fantásticos, de coisas simples como saber tocar música como ninguém a coisas assustadoras como criar ilusões fantasmagóricas e invocar fantasmas que colocam medo em qualquer mortal. Malfettos, ou jovens de elite como são chamados entre si, são temidos e odiados na maioria dos reinos e Adelina Amouteru, uma malfetto que sofreu horrores na mão do pai e que viu seu novo mundo desmoronar quer vingança. Ao lado de sua irmã ela procura jovens de elite poderosos e famosos para seu grupo. Ela quer reunir jovens de elite mais poderosos do que os punhais, tomar Kenettra, destruir o inquisidor Teren e a rainha. Conhecida como Loba Branca Adelina avança seus planos ao lado de sua irmã, de Magiano e seus mercenários. Enquanto isso a nova rainha já não está tão interessada em exterminar malfettos e tem problemas para controlar Teren. O inquisidor desobedece a rainha e os campos de concentração viram campos de morte. O que nem Adelina e nem Teren contava era que os punhais, procurando se vingar da Inquisição se aliam a rainha de Beldain para conquistar Kenettra e destruir de vez a inquisição e seu ódio por malfettos. Unidos em um jogo perigoso e mortal Adelina, os punhais e sua sociedade arriscarão um preço mais alto do que podiam imaginar e em um mundo onde quanto mais poderoso o dom mais alto o preço cobrado Adelina, a loba branca irá até o fim, mesmo que isso lhe custe tudo.

Essa é a premissa deste segundo livro e procurei não entrar em muito detalhe para não estragar pontos críticos. O que você precisa saber é que são três lados em um jogo arriscado, uma mistura de xadrez e poker por poder e vingança. Aliás vale mencionar que essa é uma trilogia de emoções extremas, e digo isso no sentido emoções humanas, dos personagens, sejam protagonistas ou não. Seja Adelina, Teren, alguns dos jovens de elite ou mesmo uma das rainhas. Os capítulos alternam principalmente entre Adelina e Raffaele, mas entre eles aparecem outros e a cada capítulo, com a evolução da trama é possível sentir o foco de Adelina e dos envolvidos. Existe pouco espaço para pensar "e se" ou ao menos em simplesmente viver. A sede de vingança de Adelina fala mais alto e em algum momento do próprio livro surge a questão "é mesmo Adelina ou é seu poder sombrio a guiando e controlando?"

Intrínseco a trama de vingança e destruição Marie Lu começa a deixar pistas e questões para o terceiro livro, que vão além de qualquer guerra entre jovens de elite e/ou reinos. Qual o preço destes dons? Poderes sombrios e fortes como o de Adelina têm um preço? Por que eles foram marcados pela febre? Baseado na cena final e no quão alto são as perdas de Adelina mal posso esperar para o desenrolar da trilogia. Marie Lu nos guia por um mundo único, de ambientação vívida e rica, com detalhes impressionantes a cada cena onde os jovens de elite usam seus dons e só de pensar no final da trilogia fico tensa.

Leitura rápida visto que depois de começar essa jornada de vingança é impossível largar antes de saber o que acontece. Sentimentos extremos guiam os personagens e deixam o leitor imerso logo de cara na história. Não é por acaso que alguns nomes tem origem italiana. A trama lembrou-me daquelas tragédias cheias de paixão e sofrimento da era renascentista, de Florença e todo o resto. A edição da Rocco está perfeita, capa bem adaptada, fonte confortável e bela tradução. Recomendo a todos que procuram uma trilogia diferença, com traços de fantasia épica e sobrenatural, onde personagens que crescem a cada página guiam a história e nunca estamos certos do que está por vir. Leiam e se surpreendam! Até mais!

Jovens de Elite - Marie Lu
1- Jovens de Elite
2- Sociedade da Rosa
3- The Midnight Star

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