10/09/2014

Resenha - Armadilhas


Nome: Armadilhas
No Original: Closer
Autor (a): Roderick Gordon & Brian Williams
Tradutor (a): Ryta Vinagre
Páginas: 528
Editora: Rocco
Comprar: Submarino - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: Você já parou para pensar no que existe embaixo dos seus pés? Com este mote, a série Túneis, dos britânicos Roderick Gordon e Brian Williams , foi publicada em mais de 40 idiomas e conquistou milhares de leitores em todo o mundo com sua bem-sucedida mistura de Indiana Jones com Viagem ao centro da Terra. A aventura subterrânea do jovem Will Burrows atinge um novo patamar em Armadilhas , o quarto volume da série. Will jamais poderia imaginar que um buraco cavado no quintal fosse levá-lo tão longe; e muito menos que teria que enfrentar um exército violento nas camadas mais profundas e escuras da Terra para evitar que um vírus de destruição em massa extermine a vida na superfície.

Entrando na reta final da série o quarto livro aumenta a ação e continua a expansão do mundo, com novas revelações, intrincando as camadas da trama de forma única, mostrando que o universo criado por Roderick Gordon e Brian Williams tem uma força própria e audaz. Acompanhando seus personagens principais a história dá a guinada final pela primeira vez investindo de forma equilibrada tanto na expansão do universo quanto na trama central. Conheçam Armadilhas.

Enquanto Chester e Martha chegam a superfície com poucos recursos e um Chester que ainda não acredita que está de volta ao "mundo normal", Will, Elliot e o dr. Burrows viajam estupefatos por uma ampla região, desde que saíram de poro estavam viajando por um lugar de sol eterno. O pai de Will dizia que era o segundo sol, mas Will não sabia de onde vinha a luz quente intermitente. Eles estavam muito no interior do planeta e ele já não duvidava de nada. Os escritos do pai e suas pesquisas o levavam cada vez a mais descobertas. As árvores eram imensas, tão alta quanto arranha céus, isso sem comentar a pirâmide e os animais que avistavam, muitos extintos na crosta há séculos, até milênios. Elliot jurara ter visto um tigre de sabre e estranhos seres com aparência de árvore mais que andam, já o Dr. Burrows avistara um antigo avião alemão da segunda guerra mundial. Mal sabiam eles que não longe dali as gêmeas Styx lutavam para sobreviver indo de encontro a uma cidade esquecida até mesmo pelos Styx, Nova Germânia, fundada por alemães da segunda guerra mundial que caíram no interior do planeta e fixaram residência na estranha planície de sol permanente. Uma sociedade militarizada e organizada, com um exército que pode ser manipulado e muito bem usado nos planos dos Styx contra o povo da crosta. Elas sabem que Will não está longe e sabem que ele ainda tem os frascos com o vírus e a vacina. Em posse dos fracos e daquele exército a vitória Styx não está longe. Enquanto Will, seu pai e Elliot fogem das gêmeas e tentam lutar para sobreviver a caçada, Drake se recompõe, juntando recursos, estudando as armas dos inimigos e preparando para atacar os planos dos Styx, descobrindo traições onde menos espera e aliado improváveis.

É a partir dessa premissa que a história segue e pela primeira vez senti que os autores colocaram todas as peças no lugar, como em um jogo de xadrez está tudo pronto para a reta final da série. A narrativa é em primeira pessoa e dividida em diversos pontos de vista estratégicos, que surgiram onde eram necessários e ampliaram muito a visão do leitor, como por exemplo o do general Bismarck, que deixa no ar que o povo de Nova Germânia ainda pode surpreender se conseguir se livrar da manipulação dos Styx. O ritmo também ganha um aditivo, soando bem mais fluida a trama consegue cativar o leitor mesmo com a visão de alguns personagens mais limitados. A ambientação nunca foi problema para a série e as descrições continuam a instigar o leitor, surpreendendo diversas vezes, Williams e Gordon parecem ter um acervo sem fim quando o assunto é a ambientação da série, com mais cenários incríveis e imaginativos, que casaram muito bem com a ação da trama.

Chegando nesse começo de reta final é possível avaliar os personagens de forma diferente e ver que vários secundários cresceram, roubando a cena em diversos momentos, como é o caso de Elliot, a garota meio Styx meio Colonista, a personagem começou meio presa e agora, ao lado de Will dominou bem a situação, carregando bem a história e cativando o leitor. Gostei muito da atitude da personagem durante todo o desenrolar da trama. Já Will, que é o protagonista central da história tem seus altos e baixos ao longo da série, chegando agora em um momento crítico e difícil. Tudo que aconteceu me surpreendeu, não esperava que os autores fizessem aquilo e acredito que vai servir para amadurecer de vez Will ou acabar com ele, espero que seja a primeira opção. Estou ansiosa para ver como tudo vai acontecer, com o tabuleiro de xadrez que é a trama montado, a dupla de autores tem tudo para entregar um fim de série perfeito.

Leitura mais rápida e ágil do que seus antecessores. Roderick Gordon e Brian Williams surpreendem com o amadurecimento de sua série, mais uma vez entregando uma história de elementos criativos, interessantes e muito ricos. Uma trama que deixa o leitor cheio de ideias e ansioso para o desfecho final. A edição da Rocco está ótima, mais uma ótima adaptação do título e da capa. Contínuo pensando que uma adaptação para o cinema da série ficaria ótima. Recomendo a todos que querem uma série juvenil rica e interessante, com um universo bem criativo e diferente, com uma trama ágil e que a cada livro vai surpreender mais e mais o leitor. Leiam! Até mais!

Túneis - Roderick Gordon & Brian Williams
1- Túneis
2- Profundezas
3- Vertigens
4- Armadilhas
5- Espirais
6- Terminal

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