03/09/2016

Resenha - A Caçadora de Bruxos


Nome: A Caçadora de Bruxas
No Original: The Witch Hunter
Autor (a): Virginia Boecker
Tradutor (a): Alves Calado
Páginas: 308
Editora: Galera
Comprar: Submarino - Saraiva - Amazon - Cultura
Sinopse: No mesmo estilo de Guerra dos Tronos, A caçadora de bruxos reconstrói uma Inglaterra medieval mítica, com magia e muita intriga política. Na Ânglia do século XVI, a prática da magia é ilegal e infratores são queimados nas fogueiras. Elizabeth Grey é uma das melhores caçadoras de bruxos do rei: ela localiza e captura Reformistas, rebeldes suspeitos de praticar feitiçaria para que sejam julgados e executados, conforme manda a lei. Até que, inexplicavelmente, ela é incriminada e acaba presa sob a acusação de praticar a arte que se dedicou a erradicar. A salvação, no entanto, acaba vindo na forma de seu maior inimigo: Nicholas Perevil, o mago mais poderoso e procurado de Ânglia. À medida que Elizabeth se associa aos Reformistas, suas crenças sobre a legitimidade da proibição da magia são profundamente abaladas. Ela se vê em meio a uma contenda política de proporções épicas e percebe que seus antigos aliados agora são seus inimigos mortais. Será que Elizabeth está pronta para decidir de qual lado está sua lealdade, afinal de contas?

Conheci o livro de Virginia Boecker passando por listas no Goodreads e quando soube que a Galera ia lançá-lo fiquei feliz com a notícia. Gosto muito de fantasia e tenho gostado bem de fantasias mais jovens, as últimas que li me surpreenderam e como eu já desconfiava A Caçadora de Bruxas entrou nessa lista. Feiticeiros, magos, magia e um universo bem criativo ainda que com toques jovens. Conheçam este que é o primeiro de um dueto.

Elizabeth Grey é uma das melhores caçadoras de bruxos do reino, ela segue a décima terceira tabuleta a risca e já mandou muitos feiticeiros e magos para as fogueiras de Ânglia. Ao lado de Caleb ela foi treinada pelo Inquisidor Blackwell para ser a melhor, mais implacável e perfeita máquina de caçar. Porém depois de se chatear com a indiferença de Caleb e afogar as mágoas em cerveja com abisinto Elizabeth é acusada de usar magia depois de algumas ervas caírem de seu bolso. Mandada para os calabouços de Fleet sem chance de defesa e sentenciada a fogueira como manda a lei Elizabeth é salva doente, à beira da morte por Nicholas Perevil, o mago mais procurado de toda Ânglia, líder dos reformistas e que precisa de Elizabeth. Depois de se recuperar graças do curandeiro John ela está decidida a entregar o grupo para Blackwell e assim recuperar sua graça, mas tem algo que a incomoda profundamente e quando descobre que está sendo caçada com acusações pesadas Elizabeth sabe que não tem mais volta. Ela vai cumprir a missão de Nicholas em troca de sua liberdade, contudo no caminho para a esse fim é tortuoso, e Elizabeth será forçada a ver um lado de si e da situação de Ânglia que vai além do bem e do mal.

Essa é a premissa que dá início ao dueto e através de uma narrativa em primeira pessoa Virginia Boecker constrói um universo intrigante, com um sistema de magia objetivo, porém longe de ser simples e que ao lado de personagens secundários deliciosos foge o máximo possível de um desenrolar clichê. Elizabeth é uma protagonista interessante, que reluta um pouco em aceitar a situação, mas nada que fuja da realidade. O ponto que mais me conquistou foi a relação de Elizabeth com os membros do grupo reformista de Nicholas. Especialmente com John, o curandeiro, Fifer, a feiticeira aprendiz de Nicholas e o pirata George. Ao lado deles e de outros ela descobrirá o verdadeiro significado de amizade e pertencimento.

As descrições nos transporta com vivacidade para um mundo de ar medieval e com nomes que remetem a uma antiga mitologia europeia e as cenas de ações são sempre pontuais, sem prologamento excessivo e suficiente para deixar o leitor sem soltar o ar por alguns minutos. É sim uma fantasia jovem adulto, tem sim alguns pontos que podem incomodar a fã de fantasia mais adulto, mas nada demais e imperdoável, apenas um pouco de algo que lembra um romance, mas foi bem apresentado e dentro do gênero o livro é uma história construída com cuidado e que flui instigando o leitor até um fim que amarra bem a trama e deixa a certeza de que você quer saber o que vai acontecer.

Leitura rápida que depois de começada você só vai largar depois do ponto final. Virginia Boecker é uma contadora de histórias que conquista o leitor com ótimos personagens e através dele constrói uma história interessante. A edição da Galera está ótima, desde a tradução até a capa perfeitamente adaptada. Recomendo para quem gosta de fantasia jovem adulto e para quem quer começar a ler o gênero, além disso recomendo para quem gosta de fantasia e tem a mente aberta a leituras de um gênero parecido, que só enriquece e que torna o passar do tempo extremamente agradável. Leiam e se permita gostar! Até mais!

Caçadora de Bruxos - Virginia Boecker
1- A Caçadora de Boecker
2- The King Slayer

Acompanhe a editora Galera:

Um comentário:

  1. OI. Indiquei seu blog ao prêmio Dardo 2016 :)
    http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2016/09/premio-dardo-2016.html

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