Nome: Todo Dia
No Original: Every Day
Autor (a): David Levithan
Tradutor (a): Ana Resende
Páginas: 280
Editora: Galera
Comprar: Travessa - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: O protagonista, A, acorda todo dia em um corpo diferente. Não importa o lugar, o gênero ou a personalidade, A precisa se adaptar ao novo corpo, mesmo que só por um dia. Depois de 16 anos vivendo assim, A já aprendeu a seguir as próprias regras: nunca interferir, nem se envolver. Até que uma manhã acorda no corpo de Justin e conhece sua namorada, Rhiannon. A partir desse momento, todas as suas prioridades mudam, e, conforme se envolvem mais, lutando para se reencontrar a cada 24 horas, A e Rhiannon precisam questionar tudo em nome do amor.
Conheci o nome do autor algum tempo atrás quando vi o primeiro dele lançado aqui no Brasil e desde então acompanho o crescente burburinho que seus livros vêm causando. A cada novo livro Levithan surpreendia mais e mais não só os jovens leitores e por esse motivo quando recebi o livro através da Record, fiquei muito feliz e o li em menos de dois dias. Porém não escrevi a resenha de imediato porque não sabia por onde começar. Sim, eu gostei da história, mas não, algo me incomodou nela e não queria ser injusta com o livro. Sendo assim confira meses depois minha opinião sobre o badalado Todo Dia.
A. é o protagonista e a cada 24 horas A. muda de corpo. Um novo hospedeiro todo dia por toda sua vida. São 16 anos vivendo dessa forma, sem família e amigos, passando de garotos para garotas e seguindo um código de causar o menor transtorno possível para seu hospedeiro. Isso até ele conhecer Rhiannon. Sua vida muda depois de conhecê-la. A. consegue ver e entender Rhiannon da forma que ela realmente é e desrespeitando suas próprias regras A, como Justin dá um dia inesquecível a ela, levando consigo as memórias daquele dia. A. se envolve demais revelando seu segredo e a cada novas 24 horas luta para encontrá-la. Passando por pessoas cada vez mais distintas e com problemas próprios A. não consegue apenas lidar com os problemas de cada um, e se vê alterando a vida dos hospedeiros. Mas A. sabe que não pode viver assim para sempre. Ele precisa das respostas que nunca encontrou. O que ele é? Existe outros iguais a ele? A. quer sentir o que está sentindo, quer se permitir viver, mas A. sabe que no fim terá se fazer sacrifícios.
É a partir daí que o autor desenvolve uma gama de temas referentes a identidade, a importância que o ser feminino e masculino tem na vida de todos e o real valor disso na vida de cada um. Com a história de A. Levithan pretende mostrar o quanto a sociedade torna complexo algo que é simples. Através de A. o autor leva ao leitor um novo modo de ver o amor. Todo esse lado da história foi ótimo, o ser além do corpo, Levithan mostra ao leitor que a parte que a ciência não explica de onde vem é que sente portanto porque somos tão preconceituosos? E nessa questão o autor foi brilhante. A narração é fluida e o ritmo é cadenciado, ágil sem ser corrido e cativa desde o começo.
Além dessa questão do protagonista não ser identificado como garoto ou garota e viver cada 24 horas em uma pessoa, Levithan através dos hospedeiros de A. traz para a trama questões como a obesidade mórbida, vícios em drogas, depressão, luta contra a sexualidade, tentativa de suicídio e outros. A mistura de temas é grande, mas o que mais me incomodou foi a pouca participação que isso tem na trama, afinal A. desde o momento que conheceu Rhiannon focou em descobrir mais sobre a sua situação e em como ficar perto dela. Em minha opinião o autor poderia ter investido mais na próprio história, desenvolvido mais os hospedeiros por onde A. passou e até mesmo construído mais a história de A., revelando suas origens e mais. Levithan preferiu simplificar, e ficou bom, mas poderia ter sido melhor ainda, mais complexo e mais rico. O fim foi belo, mas deixa questões em aberto. Se Levithan desenvolvesse mais todos os pontos que citei o livro teria facilmente o dobro de tamanho.
A leitura flui com naturalidade e ao mesmo tempo que surpreende o leitor com conceitos tão abertos cativa justamente por essas diferenças. David Levithan mostra porque é um dos autores mais elogiados pelo público e pela crítica. Sem medo de julgamento ele apresenta histórias fortes, que marcam o leitor e nos faz pensar na nossa própria situação. Sem tom é único entre os livros do gênero que já li. A edição da Galera está ótima, desde a capa mantida até a fonte e a tradução. Recomendado a todos que procuram algo inovador dentro do gênero, uma história que vai além de qualquer barreira e traz o amor de forma única. Leiam e se surpreendam! Até mais!
A. é o protagonista e a cada 24 horas A. muda de corpo. Um novo hospedeiro todo dia por toda sua vida. São 16 anos vivendo dessa forma, sem família e amigos, passando de garotos para garotas e seguindo um código de causar o menor transtorno possível para seu hospedeiro. Isso até ele conhecer Rhiannon. Sua vida muda depois de conhecê-la. A. consegue ver e entender Rhiannon da forma que ela realmente é e desrespeitando suas próprias regras A, como Justin dá um dia inesquecível a ela, levando consigo as memórias daquele dia. A. se envolve demais revelando seu segredo e a cada novas 24 horas luta para encontrá-la. Passando por pessoas cada vez mais distintas e com problemas próprios A. não consegue apenas lidar com os problemas de cada um, e se vê alterando a vida dos hospedeiros. Mas A. sabe que não pode viver assim para sempre. Ele precisa das respostas que nunca encontrou. O que ele é? Existe outros iguais a ele? A. quer sentir o que está sentindo, quer se permitir viver, mas A. sabe que no fim terá se fazer sacrifícios.
É a partir daí que o autor desenvolve uma gama de temas referentes a identidade, a importância que o ser feminino e masculino tem na vida de todos e o real valor disso na vida de cada um. Com a história de A. Levithan pretende mostrar o quanto a sociedade torna complexo algo que é simples. Através de A. o autor leva ao leitor um novo modo de ver o amor. Todo esse lado da história foi ótimo, o ser além do corpo, Levithan mostra ao leitor que a parte que a ciência não explica de onde vem é que sente portanto porque somos tão preconceituosos? E nessa questão o autor foi brilhante. A narração é fluida e o ritmo é cadenciado, ágil sem ser corrido e cativa desde o começo.
Além dessa questão do protagonista não ser identificado como garoto ou garota e viver cada 24 horas em uma pessoa, Levithan através dos hospedeiros de A. traz para a trama questões como a obesidade mórbida, vícios em drogas, depressão, luta contra a sexualidade, tentativa de suicídio e outros. A mistura de temas é grande, mas o que mais me incomodou foi a pouca participação que isso tem na trama, afinal A. desde o momento que conheceu Rhiannon focou em descobrir mais sobre a sua situação e em como ficar perto dela. Em minha opinião o autor poderia ter investido mais na próprio história, desenvolvido mais os hospedeiros por onde A. passou e até mesmo construído mais a história de A., revelando suas origens e mais. Levithan preferiu simplificar, e ficou bom, mas poderia ter sido melhor ainda, mais complexo e mais rico. O fim foi belo, mas deixa questões em aberto. Se Levithan desenvolvesse mais todos os pontos que citei o livro teria facilmente o dobro de tamanho.
A leitura flui com naturalidade e ao mesmo tempo que surpreende o leitor com conceitos tão abertos cativa justamente por essas diferenças. David Levithan mostra porque é um dos autores mais elogiados pelo público e pela crítica. Sem medo de julgamento ele apresenta histórias fortes, que marcam o leitor e nos faz pensar na nossa própria situação. Sem tom é único entre os livros do gênero que já li. A edição da Galera está ótima, desde a capa mantida até a fonte e a tradução. Recomendado a todos que procuram algo inovador dentro do gênero, uma história que vai além de qualquer barreira e traz o amor de forma única. Leiam e se surpreendam! Até mais!
Esse foi um dos últimos livros que li em 2013 e me deixou muito impressionada. Eu realmente gostei, mas terminei com uma pontinha de angústia exatamente pelas coisas que deixa em aberto! E eu queria uma boa explicação sobre a origem de A. sim. Mas sobre as temáticas sérias e sobre a forma como A. enfrenta os dramas dos hospedeiros: A. só fica 24 horas com cada pessoa/problema então nem se envolve tanto mesmo! De certa forma não se aprofundar tem sua coerência. Talvez se fosse um livro sobre A. e os hospedeiros e não sobre A. e Rhiannon nós teríamos ficado mais satisfeitas, não? Por outro lado, tem horas que o sentimento por Rhiannon parece ser o que impede A. de perder sua identidade no meio de tantas passagens por outras vidas.
ResponderExcluirNão li o livro ainda, já vi muita gente falando dele e agora tua resenha, mas não sei, tem algo que não bate. Eu adorei o outro do Levithan que li, o primeiro dele lançado aqui, mas ainda não animei a ler esse, o que disse é bem impressionante e tudo, e vamos ver, quem sabe eu leio. Ótima resenha como sempre, mas to na dúvida por causa dos temas. Beijos!
ResponderExcluirTá na lista de desejados, mas não sei quando vou ler, a resenha me deixou mais curiosa e surpresa com algumas coisas. Gostei, sempre bom conhecer algo que já achava conhecer direito. Abraços!
ResponderExcluirLi a resenha e fiquei super curiosa com a história, pensei que o livro seria mais para comédia pela situação que o protagonista viveria no corpo de outras pessoas.. E agora quero entender como ele se apaixonou e como vai conseguir lidar com isso sendo que cada dia ele ta no corpo de uma pessoa. Ótima resenha!!!
ResponderExcluirJá li esse livro e o que posso dizer é que fiquei totalmente sem palavras e querendo ser mais coisas do autor, ver tudo o que o A fez e a confiança de Rhiannon nele foram coisas que eu realmente precisava naquele momento, este se tornou um dos meus livros favoritos, e o final, totalmente inesperado, fiquei com algumas perguntas sem resposta, mas feliz pelo livro como um todo!
ResponderExcluirEu amei esse livro, 100% e demais, gostei de tudo, tudo mesmo que o autor fala, acho que esse é um dos livros mais inteligentes que já li e gostei muito de algumas coisas que você falou na resenha porque pensei nelas quando li, quero muito outros livros do autor, gostei da resenha, espero que gostei mais e mais dos livros dele.
ResponderExcluirBeijos. Camis
Ouvi coisa muito boas sobre o autor David Levithan e também sobre esse livro. Fiquei muito curiosa, com certeza leria.
ResponderExcluirAdorei o livro e to a procura de outros livros do autor, só não gostei um pouco da capa, a história é isso mesmo que você disse, só queria um fim melhor, mas completo, a resenha tá muito boa, a forma que você falou de tudo é bem isso mesmo. Bjo para ti!
ResponderExcluirJá ouvi falar desse autor vagamente. A história é muito interessante, pelo meno pra mim, um tema inédito. Quero lê-lo o quanto antes.
ResponderExcluirEu estou quase terminando a leitura e estou amando esse livro. Adoro as vidas que A vive, as lições que ele passa. Eu considero a Rhiannon uma inocente por não largar o Justin e ficar com A que é uma pessoa maravilhosa. Uma das minhas partes favoritas do livro é quando A amanhece sendo garota e vai encontrar a Rhiannon e ela fica toda sem jeito porque pra A é comum, então ele interage com ela como se nada estivesse errado (pra ele não está), mas pra ela é estranho.
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