Nome: Silêncio
Autor (a): Richelle Mead
Tradutor (a): Daniela Porto Dias
Páginas: 280
Editora: Galera
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Sinopse: Pelo que Fei se lembra, nunca houve um ruído em seu vilarejo — todos são surdos. Na montanha, ou se trabalha nas minas ou na escola, e as castas devem ser respeitadas. Quando algumas pessoas começam também a perder a visão, inclusive a irmã de Fei, ela se vê obrigada a agir e a desrespeitar algumas leis. O que ninguém sabe é que, de repente, ela ganha um aliado: o som, e ele se torna sua principal arma. Ao seu lado, segue também um belo e revolucionário minerador, um amigo de infância há muito afastado em função do sistema de castas. Os dois embarcam em uma jornada grandiosa, deixando a montanha para chegar ao vale de Beiguo, onde uma surpreendente verdade mudará suas vidas para sempre. Fei não demora a entender quem é o verdadeiro inimigo, e descobre que não se pode controlar o coração.
Desde que li meu primeiro livro de Richelle Mead gostei de seu estilo e a autora sempre me surpreendeu com universos intricados e ricamente detalhados. Foi por isso que solicitei Silêncio, mas não imaginava que a história seria tão tocante e belamente inspirada numas das culturas mais antigas do mundo. Mead mais uma vez surpreende e encantada. Conheçam.
Fei mais uma vez teve de corrigir o trabalho da irmã, Zhang. Ela está cada vez mais próxima de ficar cega e já não consegue retratar tudo o que vê. Como aprendizes do Paço do Pavão as duas irmãs ao lado dos demais aprendizes relatam tudo o que observam no vilarejo em suas pinturas. É a memória pintada de seu povo. O vilarejo no topo da montanha é dividido em camadas, dos mineradores aos anciões, é um equilíbrio e quanto mais minério enviam montanha a baixo mais alimento recebem. Presos no pequeno vilarejo este é o equilíbrio. Eles não ouvem e muitos estão ficando cegos. Qualquer tentativa de pedir mais suprimentos termina em menos comida e um aviso por serem gananciosos e estragarem o equilíbrio. Cansado do sofrimento e destruído pela morte do pai Li
Wei decide descer a montanha de alguma forma e Fei, a mais talentosa pintora e aprendiz está decidida a ir junto. Precisa salvar a irmã e precisa compreender porque sua audição está voltando. Ninguém do seu vilarejo ouve há séculos e ela precisa saber o que tem na base da montanha. O que ela e Li Wei descobrem é chocante e
revoltante, tantos as mentiras quanto às manipulações. O problema será convencer alguém da verdade e voltar ao vilarejo. Presos em uma montanha altíssima, isolados do mundo e mergulhados em crenças eles não acreditarão em dois jovens que fugiram e contrariaram séculos de tradição. Seria o ser humano capaz de tamanha atrocidade?
A partir daí a história se desenrola, ou devo dizer bem antes disso. A narrativa é bem surpreendente desde o começo porque não sabemos o que esperar da história. Misturando folclore antigo oriental e uma triste história de exploração e ganância Richelle Mead envolve o leitor através da voz marcante de Fei e Li, nos guiando desde o começo baseado nos sentimentos de perda e desespero dos dois, que partem em busca de qualquer coisa para aplacar o sofrimento daqueles que amam. Com poucas e bem colocadas descrições a autora cria um mundo de beleza sem igual, delicado e vívido, mas ao mesmo tempo seco cruel e desolado. Brincando com a ideia de equilíbrio que ela cita na trama Mead mergulha o leitor em um cenário que surpreende por ir de um extremo ao outro.
Leitura rápida porque depois que começamos precisamos saber como termina. A protagonista é forte, foge do padrão e ainda bem termina exatamente no ponto certo, sem romances de contos de fadas e sem besteiróis. Ambos os protagonistas cativam e conquistam por suas ações e personalidades. A edição da Galera está belíssima com a capa original bem adaptada e uma ótima fonte. Recomendo aos que buscam livros de culturas diferentes e que querem ser encantados por visões e universos únicos, que resgata elementos de culturas diferentes e com uma história humana, de luta por justiça e que explora a ganancia humana. Leiam e se encantem! Até mais!
Fei mais uma vez teve de corrigir o trabalho da irmã, Zhang. Ela está cada vez mais próxima de ficar cega e já não consegue retratar tudo o que vê. Como aprendizes do Paço do Pavão as duas irmãs ao lado dos demais aprendizes relatam tudo o que observam no vilarejo em suas pinturas. É a memória pintada de seu povo. O vilarejo no topo da montanha é dividido em camadas, dos mineradores aos anciões, é um equilíbrio e quanto mais minério enviam montanha a baixo mais alimento recebem. Presos no pequeno vilarejo este é o equilíbrio. Eles não ouvem e muitos estão ficando cegos. Qualquer tentativa de pedir mais suprimentos termina em menos comida e um aviso por serem gananciosos e estragarem o equilíbrio. Cansado do sofrimento e destruído pela morte do pai Li
Wei decide descer a montanha de alguma forma e Fei, a mais talentosa pintora e aprendiz está decidida a ir junto. Precisa salvar a irmã e precisa compreender porque sua audição está voltando. Ninguém do seu vilarejo ouve há séculos e ela precisa saber o que tem na base da montanha. O que ela e Li Wei descobrem é chocante e
revoltante, tantos as mentiras quanto às manipulações. O problema será convencer alguém da verdade e voltar ao vilarejo. Presos em uma montanha altíssima, isolados do mundo e mergulhados em crenças eles não acreditarão em dois jovens que fugiram e contrariaram séculos de tradição. Seria o ser humano capaz de tamanha atrocidade?
A partir daí a história se desenrola, ou devo dizer bem antes disso. A narrativa é bem surpreendente desde o começo porque não sabemos o que esperar da história. Misturando folclore antigo oriental e uma triste história de exploração e ganância Richelle Mead envolve o leitor através da voz marcante de Fei e Li, nos guiando desde o começo baseado nos sentimentos de perda e desespero dos dois, que partem em busca de qualquer coisa para aplacar o sofrimento daqueles que amam. Com poucas e bem colocadas descrições a autora cria um mundo de beleza sem igual, delicado e vívido, mas ao mesmo tempo seco cruel e desolado. Brincando com a ideia de equilíbrio que ela cita na trama Mead mergulha o leitor em um cenário que surpreende por ir de um extremo ao outro.
Leitura rápida porque depois que começamos precisamos saber como termina. A protagonista é forte, foge do padrão e ainda bem termina exatamente no ponto certo, sem romances de contos de fadas e sem besteiróis. Ambos os protagonistas cativam e conquistam por suas ações e personalidades. A edição da Galera está belíssima com a capa original bem adaptada e uma ótima fonte. Recomendo aos que buscam livros de culturas diferentes e que querem ser encantados por visões e universos únicos, que resgata elementos de culturas diferentes e com uma história humana, de luta por justiça e que explora a ganancia humana. Leiam e se encantem! Até mais!
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