12/02/2015

Resenha - Champion


Nome: Champion
No Original: Champion
Autor (a): Marie Lu
Tradutor (a): Ébreia de Castro Alves
Páginas: 304
Editora: Rocco
Comprar: Submarino - Travessa - Saraiva - Cultura
Sinopse: June e Day abriram mão de muita coisa pelo povo da República, sem falar no quanto sacrificaram um pelo outro. Agora o país está vivendo um novo momento. June voltou a ser celebrada menina-prodígio da República, ocupando uma posição privilegiada dentro do governo como Primeira Cidadã, enquanto Day passou de criminoso mais procurado do país a herói nacional e garoto-propaganda do governo de Anden. Nenhum dos dois, no entanto, poderia ser capaz de prever as circunstâncias que os reuniriam novamente. No momento em que a paz parece iminente, um vírus mortal começa a espalhar o pânico nas Colônias, e a ameaça de guerra volta rondar as cidades fronteiriças da República. A nova praga é a mais mortal de todas, e June é a única que tem a chave para a defesa do país. Mas salvar a vida de milheres de pessoas significa pedir ao seu amor que abra mão de tudo o que lhe restou.

Desde que conheci Legend sabia que a trilogia seria diferente do que eu esperava e nesse terceiro livro, Champion temos um fim instigante, que consegue amarrar bem a trama e deixar o leitor surpreso, triste e feliz ao mesmo tempo. Sem exageros e sem cair em clichês de extremos Marie Lu encerra a história da República, de Day e June com um pouco de drama, muita ação e deixando o leitor bem curioso com o restante do mundo onde a história se passa. Enfim uma autora que sabe o que faz e não estragou o final da trilogia como algumas outras por aí, cof cof Roth, cof. Conheçam.

Day agora é um herói para a República, o garoto que já foi o mais procurado está agora entre o povo e o novo eleitor, ele é a linha precária que segura a paz na República, O povo está começando a confiar em seu jovem Eleitor, Anden e Day tem uma nova vida em Los Angeles ao lado de seu irmão Éden. Mas ele sabe que é tudo uma ilusão, ele ainda está piorando e os sussurros na rua são ambíguos. Ele não vê June há oito meses, não sabe como procurá-la de novo. Por isso quando ela liga o convidando para um banquete em Denver ele sabe que tem algo errado. June se sente péssima por ligar para Day assim, depois de meses, para fazer um convite que ela sabe ser uma armadilha. June é Primeira Cidadã e ao lado de Anden vem trabalhando na nova paz, tanto nas ruas da República quanto no front de guerra com as Colônias. Porém o Tratado de Paz que já estava sendo equilibrado em uma lâmina afiada cai por terra, um vírus poderoso está se espalhando pelas Colônias a partir da divisa e as Colônias acusam a República de sabotar o acordo e atacá-los sorrateiramente. Eles querem a cura ou atacarão com tudo agora que tem novos aliados poderosos do outro lado do atlântico. June não acredita no que Anden quer fazer, mas sabe que terá de pedir a Day mesmo assim. Éden é o único que pode ter os anticorpos necessários para a cura, e June sabe que Day jamais permitirá que a República faça testes no seu irmão novamente. O que eles não imaginam é que essa decisão não cabe a eles, e para vencer o caos que se aproxima eles terão de sacrificar ainda mais de suas vidas e aceitar que nem sempre podem estar no controle.

É mais ou menos essa a premissa do último livro da cativante trilogia Legend, que cresce muito a partir do primeiro livro chegando agora a reta final melhor e mais interessante do que podíamos prever quando terminamos o livro um. A narrativa continua ágil, envolvente e vívida, alternando entre Day e June o livro passa sem percebemos, e a autora mais uma vez soube mostrar um país em conflito indo além de guerras em poucas páginas como muitos fazem em finais de trilogia. Sua guerra é real, palpável, envolve decisões políticas, jogo de cintura, estratégia e pessoas. As descrições são um dos pontos alto do livro, conhecemos mais do mundo, como a fascinante Antártica, que deixamos para trás loucos para escrever para a autora pedindo uma trilogia apenas sobre o país.

Não dá para falar muito dos personagens sem entregar spoilers, mas digo que Marie Lu acertou em quase tudo, só queria mais depois daquele epílogo, como assim terminar daquele jeito? Quase morremos do coração com a cena final e aí vem o epílogo e ajeita um bocado a coisa, mas é só, nada de um, a que droga, não posso falar. Adoro Day e June, os dois são ótimos, e não são o tipo de protagonistas bons em tudo e sem noção não, eles erram, sofrem, tomam decisões erradas, o que mais gosto nessa trilogia é as imperfeições que formam o todo. Um universo criativo, que foge de clichês e que consegue surpreender em vários pontos. Preciso de um conto pós Champion de qualquer maneira... Também adoraria outras trilogias no universo, em outros países. Seria brilhante.

Leitura rápida, instigante e que deixará o leitor com o coração na mão. Marie Lu acertou em cheio e enfim tenho um fim de trilogia de que gostei tanto quanto dos primeiros livros. Ainda bem. A edição é da Rocco, adorei a mudança apesar de tudo, ótima tradução, tudo perfeito. Recomendado a quem quer uma distopia diferente, e que acerta até o fim. Uma trilogia em que você não vai ver seus personagens virando outras pessoas do nada no livro final. Guerra, ação, suspense, drama e decisões difíceis. Leiam e se surpreendam! Até mais!

Trilogia Legend - Marie Lu
1- Legend
2- Prodigy
3- Champion

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