01/12/2016

Resenha - Criaturas Estranhas


Nome: Criaturas Estranhas
No Original: Strange Creatures
Autor (a): Neil Gaiman
Tradutor (a): Antônio Xerxenesky
Páginas: 400
Editora: Fantástica Rocco
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Sinopse: Dezesseis histórias fantásticas, algumas escritas há mais de cem anos, outras inéditas, selecionadas por ninguém menos que o aclamado autor de Coraline e outros tantos sucessos, Neil Gaiman. Como o título sugere, Criaturas estranhas é uma coletânea de contos povoada por seres fantásticos, magníficos e às vezes assustadores. Assinadas por autores clássicos de ficção científica e fantasia, como Anthony Boucher e Diana Wynne Jones, a escritores contemporâneos, como Nnedi Okorafor e o próprio Gaiman, as histórias, que parecem ter saído de um sonho, ou talvez de um pesadelo, têm em comum o olhar atento e único de Neil Gaiman para o insólito. Cada conto é precedido de um comentário do escritor, que visa a provocar ainda mais a imaginação do leitor.

Desde que conheci Gaiman me apaixonei por contos. Os dele foram os primeiros a me encantar no gênero e nada melhor do que uma coletânea organizada por ele. Não pensei que veria Criaturas Estranhas tão cedo no Brasil e amei tê-lo com a mesma bela capa adaptada em mãos. São dezesseis contos de diversos autores e todos revolvem em torno de criaturas únicas, estranhas e surpreendentes, incluindo claro um conto de Gaiman. Conheçam e se apaixonem por contos.

O que mais gosto nos livros de contos do Gaiman além dos contos claro é a introdução, o modo como ele apresenta a antologia, a história por trás de cada conto ou neste caso o que levou a cada uma das escolhas. Ao falar de criaturas estranhas ele fala de sonho, afinal enquanto unicórnios, lobisomens e tantos outros andarem pelas sombras nosso mundo será mais interessante, mais misterioso. A realidade e seus museus de história natural nunca serão suficientes, e é possível sentir o encantamento em cada um dos dezesseis contos. De épocas diferentes, de autores muito distintos e com surpresas a cada novidade os contos conquistam o leitor pelo inusitado, por nos levar a perguntar "e se". Seja com vespas cartografas e seus mapas brilhantes ou com uma mancha de outra dimensão, as criaturas passam por todos os cantos do mundo, com criaturas novas ou já conhecidas. Porém mesmo que todos os contos cumpram bem o seu papel e guie o leitor para o mundo invisível, de possibilidades infinitas existe entre eles verdadeiros achados. São escolhas minhas, mas se você ainda não está convencido os contos abaixo podem te convencer.

O Grifo e O Cônego Menor traz uma criatura conhecida, mas nem tanto, e uma visão nua e crua do homem e sua incapacidade de pensar em algo além de sua vida, onde uma imagem de um grifo tão bem esculpida chama atenção do verdadeiro grifo, que nunca se olhou no espelho e acaba descobrindo uma humanidade covarde e medrosa, um grifo velho e tanto sábio quanto é assustador ao lado de um cônego menor com uma problema inesperado nas mãos, Pássaro do Sol, com um esquisito grupo de gostos gastronômicos ainda mais estranhos, O Sábio de Theare, onde deuses tão ordenados esqueceram que fugir de profecias tentando trapacear não é a melhor escolha, O Cacatuano ou A Tia Avó Willoughby, onde a mudança inesperada traz situações inacreditáveis e com criatividade somos levados por um reino em constante mudança, Prismática, com uma homem cinzento, seu mais próximo e querido amigo, um mago tão velho, terrível e poderoso que nenhum deles precisam se preocupar com ele ao lado de Amos, um ruivo de pensamento rápido e afiado que se encontram em uma busca estranha de respostas mais estranhas ainda e Venha Dona Morte, onde uma lady casnsada, um baile de luxo e uma convidada única, a Morte terminam por mudar a ordem das coisas. Esses foram alguns dos meus favoritos, e só por eles você pode ver que há mais do criaturas estranhas nos contos, seus personagens passam rápido em nossa leitura, mas ficam na nossa mente, procurando mais detalhes ou querendo mais de cada um deles.

Essa é a beleza do conto, sua rapidez que encanta e é capaz de ficar com o leitor mesmo com poucas páginas. A edição da Fantástica Rocco está belíssima, cada pequeno detalhe e a tradução acertada de termos e nomes únicos. A cada página me lembrei do porque amo contos. Recomendo a todos, sem exceção, conto é um modo único de se apaixonar várias vezes, e se você ainda não conhece o gênero está perdendo tempo, com os contos viajamos mais rápido e tão profundamente quanto em qualquer outra história. Leiam e se encantem! Até mais!

Acompanhe a editora Rocco:

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