Nome: O Anjo de Hitler
No Original: Hitler's Angel
Autor (a): William Osborne
Tradutor (a): Alyne Azuma
Páginas: 272
Editora: Seguinte
Comprar: Submarino - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: Leni tem catorze anos, é austríaca, judia e muito corajosa. Refugiada na Inglaterra durante a Segunda Guerra Mundial, certo dia é convocada pelo almirante MacPherson para a missão mais perigosa de sua vida... Otto é alto, bem magro, tem olhos castanhos e vive na Inglaterra - sua família foi aprisionada pelos nazistas. Ele adora se meter em confusão e é por isso que, quando o almirante sugere que ele ajude o governo inglês numa missão ultrassecreta, ele aceita na hora. Otto e Leni são enviados à Alemanha para resgatar uma garotinha chamada Angelika. Pouco se sabe sobre essa pequena órfã misteriosa em quem a Inglaterra tanto aposta como a arma secreta que colocará o ponto final naquela guerra sangrenta. Leni, Otto e Angelika enfrentam grandes desafios, descobrem segredos importantíssimos e acabam mudando os rumos deste episódio tão marcante para a história.
Desde que vi o livro na lista de lançamentos do primeiro semestre da editora fiquei curiosa com a história. Afinal a Segunda Guerra está entre meus assuntos favoritos, não só na literatura bibliográfica, mas também na ficção. E a premissa do enredo proposto por Osborne era bastante curiosa. O único porém foi que com o aproximar do lançamento me vi diante de uma capa nada animadora, mas sem me deixar levar solicitei o livro e hoje estou feliz por ter feito isso. Ainda acho que o título americano é mais apropriado para a história: O Segredo de Hitler.
A história começa com dois adolescentes, ambos fugindo da máquina da guerra alemã. Leni é judia e austríaca, vive com a mãe e suas irmãs na Inglaterra depois de terem escapado por pouco dos nazistas tendo perdido o pai e os irmãos. Ajuda no esforço da guerra trabalhando no banco de sangue. Já Otto escapou de ser levado com a família. É alemão, mas seu pai foi acusado de traição e viu sua família ser levada. Fugindo da Gestapo e depois de atravessar um longo caminho conseguiu ser resgatado na praia de Dunquerque por um barco inglês. Sua vida na Inglaterra não é fácil, os colegas de internato o persegue por ser alemão, por isso quando o almirante MacPherson o recruta aceita sem nem pestanejar. Treinados a exaustão no pouco prazo que tinham Otto e Leni estão a caminho do lago Chiemsee onde resgatarão uma criança do convento na pequena ilha do lago. Otto e Leni não sabem que é a garota. Tudo o que MacPherson disse é que Angelika mudará o rumo da guerra. Passando despercebidos por vilarejos e pequenas cidades a missão deve ser rápida. O ponto de encontro é no lago Bondensee, mas o que era para simples acaba se complicando quando a fuga precisa mudar de rumo. Hitler enviou o chefe da SS, o homem de coração de ferro, Heydrich no rastro deles. E alcançar a fronteira não será nada fácil...
É a partir daí que a história se desenvolve acompanhando o ponto de vista dos dois protagonistas em primeira pessoa mesclados em capítulos que alternam com o lado de Heydrich na perseguição aos jovens. O autor imprime um ritmo forte e fluido aliado a descrições pontuais que transmitem a tensão da fuga dos três. Conseguindo ainda construir o mistério em torno de Angelika de forma simples, mas que instiga o leitor com possibilidades realistas que surpreenderá os que esperam algo sobrenatural.
O desenvolvimento da relação entre os personagens também é bem interessante, sem perder o ritmo o autor entrelaça a história dos personagens a fuga. Leni e Otto não se conheciam antes de serem jogados nessa missão. Cheios de segredos e dores próprias durante a fuga precisam lidar com suas lembranças e memórias do Reich. Ambos ainda tem fresco na mente as próprias fugas desesperadas dos nazistas. Osborne acertou na personalidade No meio disso eles ainda lidam com a fragilidade de Angelika, uma criança inocente mantida isolada do mundo. Os mistérios sobre a origem da garota logo começam a cair. O final foi angustiante, mas de certa forma inevitável surpreendendo ainda ao deixar uma ponta de esperança no ar.
Leitura rápida, interessante, com um cenário realista e um ritmo instigante. Ainda penso que o título americano caberia melhor na história construída por Osborne. É interessante a rota que o autor escolheu para Leni, Otto e Angelika na Alemanha. A edição da Seguinte está impecável. Sem erros, com uma tradução ótima e uma fonte agradável. Ainda acho a capa estranha, mas ainda assim o livro é muito bonito em mãos. A história ficaria perfeita no cinema, visto as descrições vívidas e o ritmo que mescla ação, mistério e diálogos de maneira equilibrada. Aliás, após a leitura não me surpreendi ao descobrir que o autor é também roteirista. É nítido esse traço no livro. Recomendado a todos que buscam algo diferente. Juvenil com uma ambientação conhecida, mas diferente, ao mesmo tempo leve e marcante. Leiam! Até mais!
A história começa com dois adolescentes, ambos fugindo da máquina da guerra alemã. Leni é judia e austríaca, vive com a mãe e suas irmãs na Inglaterra depois de terem escapado por pouco dos nazistas tendo perdido o pai e os irmãos. Ajuda no esforço da guerra trabalhando no banco de sangue. Já Otto escapou de ser levado com a família. É alemão, mas seu pai foi acusado de traição e viu sua família ser levada. Fugindo da Gestapo e depois de atravessar um longo caminho conseguiu ser resgatado na praia de Dunquerque por um barco inglês. Sua vida na Inglaterra não é fácil, os colegas de internato o persegue por ser alemão, por isso quando o almirante MacPherson o recruta aceita sem nem pestanejar. Treinados a exaustão no pouco prazo que tinham Otto e Leni estão a caminho do lago Chiemsee onde resgatarão uma criança do convento na pequena ilha do lago. Otto e Leni não sabem que é a garota. Tudo o que MacPherson disse é que Angelika mudará o rumo da guerra. Passando despercebidos por vilarejos e pequenas cidades a missão deve ser rápida. O ponto de encontro é no lago Bondensee, mas o que era para simples acaba se complicando quando a fuga precisa mudar de rumo. Hitler enviou o chefe da SS, o homem de coração de ferro, Heydrich no rastro deles. E alcançar a fronteira não será nada fácil...
É a partir daí que a história se desenvolve acompanhando o ponto de vista dos dois protagonistas em primeira pessoa mesclados em capítulos que alternam com o lado de Heydrich na perseguição aos jovens. O autor imprime um ritmo forte e fluido aliado a descrições pontuais que transmitem a tensão da fuga dos três. Conseguindo ainda construir o mistério em torno de Angelika de forma simples, mas que instiga o leitor com possibilidades realistas que surpreenderá os que esperam algo sobrenatural.
O desenvolvimento da relação entre os personagens também é bem interessante, sem perder o ritmo o autor entrelaça a história dos personagens a fuga. Leni e Otto não se conheciam antes de serem jogados nessa missão. Cheios de segredos e dores próprias durante a fuga precisam lidar com suas lembranças e memórias do Reich. Ambos ainda tem fresco na mente as próprias fugas desesperadas dos nazistas. Osborne acertou na personalidade No meio disso eles ainda lidam com a fragilidade de Angelika, uma criança inocente mantida isolada do mundo. Os mistérios sobre a origem da garota logo começam a cair. O final foi angustiante, mas de certa forma inevitável surpreendendo ainda ao deixar uma ponta de esperança no ar.
Leitura rápida, interessante, com um cenário realista e um ritmo instigante. Ainda penso que o título americano caberia melhor na história construída por Osborne. É interessante a rota que o autor escolheu para Leni, Otto e Angelika na Alemanha. A edição da Seguinte está impecável. Sem erros, com uma tradução ótima e uma fonte agradável. Ainda acho a capa estranha, mas ainda assim o livro é muito bonito em mãos. A história ficaria perfeita no cinema, visto as descrições vívidas e o ritmo que mescla ação, mistério e diálogos de maneira equilibrada. Aliás, após a leitura não me surpreendi ao descobrir que o autor é também roteirista. É nítido esse traço no livro. Recomendado a todos que buscam algo diferente. Juvenil com uma ambientação conhecida, mas diferente, ao mesmo tempo leve e marcante. Leiam! Até mais!
Parece realmente bom, como você disse a capa não é muito animadora, mas como diz um velho ditado "não se deve julgar o livro pela capa" Achei o título um tanto irônico, mas se o enredo é bom, então está valendo!
ResponderExcluirTambém não gostei da capa não, mas o tema é algo que gosto de ler. Primeira resenha do livro que vejo e gostei. Já li quase todos os romances com a segunda guerra de pano de fundo e agora vendo sua resenha fiquei com vontade de ler esse. Faz tempo que não leio nada com o tema. A história parece muito boa e fiquei curiosa porque não é sobrenatural.
ResponderExcluirFiquei extremamente curiosa, especialmente para saber porque a Angelika é tão importante para o desenrolar da guerra. Fiquei com bastante vontade de ler esse livro.
ResponderExcluirOutra coisa...a capa realmente não anima muito e seria o nome do livro tão cheio de spoiller quanto parece? Eu fiquie até com medo agora, de quem pode ser a Angelika..rs
ResponderExcluirQuando vi sobre o livro fiquei com muita vontade de ler, mas ai a editora divulgou a capa nacional e fiquei com menos vontade, mas agora você falou tudo o que eu esperava do livro e até mais na resenha. Gosto do background e nunca li nada só ficção juvenil com esse fundo então fiquei ainda mais curiosa com a resenha. Beijos!
ResponderExcluirParece muito bom! Também estou na lista dos que nunca viu ficção juvenil com a segunda guerra de fundo. A premissa pelo que você falou na lista é melhor do que pensei. Adorei! Abraços!
ResponderExcluirQuando o assunto é Segunda Guerra Mundial, já fico super curiosa. Procuro ler de tudo e não me importa se é real ou fictício. E esse livro, pelo que pude ler da sua resenha, tem uma história bem intrigante e concordo com você que o título americano ficaria bem melhor no livro.
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