Nome: Sob O Céu do Nunca
No Original: Under The Never Sky
Autor (a): Veronica Rossi
Tradutor (a): Alice Klesck
Páginas: 336
Editora: Rocco
Comprar: Submarino - Travessa - Saraiva - Cultura
Sinopse: Primeiro livro de uma eletrizante trilogia ambientada em um futuro imaginado, mas assustadoramente possível, Sob o Céu do Nunca chega ao Brasil rodeado de grande expectativa por parte dos fãs de distopias. Em um cenário pós-apocalíptico, a população do planeta se dividiu entre aqueles que conseguiram esconder-se em cidades encapsuladas, conhecidas como núcleos, e as que sobreviveram nas áreas externas, mas tornaram-se primitivas. Através de um dispositivo eletrônico, os habitantes dos núcleos podem frequentar diferentes Reinos, cópias virtuais e multidimensionais do mundo que elas deixaram para trás. Neles se pode fazer qualquer coisa, ser qualquer pessoa, sem consequências no mundo real. Mundos sem dor, sem medo. As palavras dor e medo, porém, fazem parte do vocabulário cotidiano dos que vivem além das paredes dos núcleos. A escritora Veronica Rossi se utiliza da oposição dessas duas sociedades para pensar o poder da tecnologia, seus benefícios, malefícios e alienação que pode provocar nas pessoas.
Desde que conheci o livro no Goodreads fiquei curiosa para ler. Primeiro porque era um dos poucos distópicos com avaliação tão alta no site conhecido por suas resenhas ácidas. Por isso fiquei exultante quando soube que a Prumo lançaria o livro de 2013, passado o lançamento o difícil foi a espera pela livro dois e quando saiu a notícia de uma nova edição desta vez pela Rocco e desta vez para ir até o fim fiquei muito feliz. A Rocco nos presenteia com uma bela edição para começar com o pé direito. Veronica Rossi nos apresenta uma distopia única, com um enredo sedutor e um desenvolvimento perfeito de ambiente, personagens e relacionamentos humanos. Conheçam.
A sinopse introduz bem o conceito dos núcleos e dos reinos, que são a única distração que restou para aqueles que vivem neles. Ária está preocupada com a mãe, não tem notícias dela faz mais de uma semana e os boatos sobre uma tempestade no núcleo que ela estava como a se espalhar. Para descobrir algo ela combina de sair a noite com sua amiga e o filho de um dos guardiões. O pai dele é chefe da segurança e ele deve ter alguma informação sobre Nirvana. Só que ao se desconectar do olho mágico que usam para acessar os Reinos as coisas saem do controle. Ária assiste pasma seus colegas perdem o controle e é salva por um Selvagem que estava na ala destruída do núcleo. Para ocultar o acontecido o guardião joga Ária no desolado mundo exterior. Ela está desolada e mal sabe como sobreviver quando no meio de uma tempestade de Éter é salva pelo mesmo selvagem que a salvou no núcleo. Perry está em uma jornada própria. Acredita que suas ações no dia anterior levaram os habitantes do núcleo a sequestrar seu sobrinho. Expulso de sua própria tribo planejava trocar de lugar com Talon, mas ao encontrar Ária e descobrir que o olho mágico tem algo que interessa ao Guardião os dois se aliam e partem em busca de alguém para consertar o dispositivo. Ela precisa chegar a Nirvana, ele encontrar o sobrinho.
É a partir dessa união improvável que surge uma das jornadas mais interessantes e bem construídas que li nos últimos tempos. Veronica Rossi nos apresenta personagens tão reais e um relacionamento tão humano e palpável que fica impossível não se envolver com a história de Ária e Perry. A narrativa é dividida entre os dois protagonistas e um dos pontos que merece destaque é a diferença entre as vozes narrativas. São poucos os autores que conseguem dividir a narração sem esbarrar no problema de vozes similares demais.
A linha de evolução de ambos é outro mérito de Rossi que nos presenteia com o amadurecimento de Ária e a desconstrução emocional de Perry. Dos diálogos a impressões visuais, tudo tem um ar sedutor e a dinâmica que se forma entre Ária e Perry é única, repleta de estranheza e beleza. A maioria das vezes a principal curiosidade nas distopias é o mundo e como ele chegou a aquele ponto, mas aqui a interação de Ária e Perry absorve o leitor de tal forma que todo o resto é secundário. O choque de costumes e vidas tão diferentes é belamente explorado, e as análises que os dois fazem uns dos outros é extremamente crível, repleta de comentários diretos, nu e crus das sensações. Assim como a ligação e a admiração que eles constroem um pelo outro ao longo da história.
Aliado a esse fator temos pequenas partes da trama central da trilogia, as mudanças genéticas, a tecnologia que tirou dos habitantes do núcleo o senso da realidade e as mudanças genéticas naturais que ocorreram em algumas pessoas que vivem no exterior. Adorei o conceito dos sentidos super apurados. Olfativos, audis, videntes, etc e fiquei curiosíssima para saber mais sobre o que aconteceu para a atmosfera ser transformada de tal maneira. As tempestades de Éter é uma coisa fantástica, a ideia da autora de usar o elemento descrito pelos gregos, considerado o quinto elemento por alguns físicos e alquimistas foi brilhante. A comparação que Ária faz do céu revolto em éter com a famosa tela de Van Gogh, "A Noite Estrelada" foi pontual e perfeita. Espero ver uma explicação mais clara do que aconteceu para o céu se transformar...
Leitura agradável, com ritmo envolvente e que prende o leitor pela bela narrativa e pelas sensações vívidas que a história e a relação dos personagens transmitem. A edição da Rocco está ótima, com belas marcações e uma adaptação perfeita da capa original! Adoraria ver a história adaptada para os cinemas, seria interessante ver essa jornada e um ambiente tão rico ganhar vida. Recomendado a todos que procuram uma distopia feita tanto pela riqueza dos personagens como do ambiente. Com um romance mais próximo do real e um universo criativo. Leiam e se surpreendam! Até mais!
A sinopse introduz bem o conceito dos núcleos e dos reinos, que são a única distração que restou para aqueles que vivem neles. Ária está preocupada com a mãe, não tem notícias dela faz mais de uma semana e os boatos sobre uma tempestade no núcleo que ela estava como a se espalhar. Para descobrir algo ela combina de sair a noite com sua amiga e o filho de um dos guardiões. O pai dele é chefe da segurança e ele deve ter alguma informação sobre Nirvana. Só que ao se desconectar do olho mágico que usam para acessar os Reinos as coisas saem do controle. Ária assiste pasma seus colegas perdem o controle e é salva por um Selvagem que estava na ala destruída do núcleo. Para ocultar o acontecido o guardião joga Ária no desolado mundo exterior. Ela está desolada e mal sabe como sobreviver quando no meio de uma tempestade de Éter é salva pelo mesmo selvagem que a salvou no núcleo. Perry está em uma jornada própria. Acredita que suas ações no dia anterior levaram os habitantes do núcleo a sequestrar seu sobrinho. Expulso de sua própria tribo planejava trocar de lugar com Talon, mas ao encontrar Ária e descobrir que o olho mágico tem algo que interessa ao Guardião os dois se aliam e partem em busca de alguém para consertar o dispositivo. Ela precisa chegar a Nirvana, ele encontrar o sobrinho.
É a partir dessa união improvável que surge uma das jornadas mais interessantes e bem construídas que li nos últimos tempos. Veronica Rossi nos apresenta personagens tão reais e um relacionamento tão humano e palpável que fica impossível não se envolver com a história de Ária e Perry. A narrativa é dividida entre os dois protagonistas e um dos pontos que merece destaque é a diferença entre as vozes narrativas. São poucos os autores que conseguem dividir a narração sem esbarrar no problema de vozes similares demais.
A linha de evolução de ambos é outro mérito de Rossi que nos presenteia com o amadurecimento de Ária e a desconstrução emocional de Perry. Dos diálogos a impressões visuais, tudo tem um ar sedutor e a dinâmica que se forma entre Ária e Perry é única, repleta de estranheza e beleza. A maioria das vezes a principal curiosidade nas distopias é o mundo e como ele chegou a aquele ponto, mas aqui a interação de Ária e Perry absorve o leitor de tal forma que todo o resto é secundário. O choque de costumes e vidas tão diferentes é belamente explorado, e as análises que os dois fazem uns dos outros é extremamente crível, repleta de comentários diretos, nu e crus das sensações. Assim como a ligação e a admiração que eles constroem um pelo outro ao longo da história.
Aliado a esse fator temos pequenas partes da trama central da trilogia, as mudanças genéticas, a tecnologia que tirou dos habitantes do núcleo o senso da realidade e as mudanças genéticas naturais que ocorreram em algumas pessoas que vivem no exterior. Adorei o conceito dos sentidos super apurados. Olfativos, audis, videntes, etc e fiquei curiosíssima para saber mais sobre o que aconteceu para a atmosfera ser transformada de tal maneira. As tempestades de Éter é uma coisa fantástica, a ideia da autora de usar o elemento descrito pelos gregos, considerado o quinto elemento por alguns físicos e alquimistas foi brilhante. A comparação que Ária faz do céu revolto em éter com a famosa tela de Van Gogh, "A Noite Estrelada" foi pontual e perfeita. Espero ver uma explicação mais clara do que aconteceu para o céu se transformar...
Leitura agradável, com ritmo envolvente e que prende o leitor pela bela narrativa e pelas sensações vívidas que a história e a relação dos personagens transmitem. A edição da Rocco está ótima, com belas marcações e uma adaptação perfeita da capa original! Adoraria ver a história adaptada para os cinemas, seria interessante ver essa jornada e um ambiente tão rico ganhar vida. Recomendado a todos que procuram uma distopia feita tanto pela riqueza dos personagens como do ambiente. Com um romance mais próximo do real e um universo criativo. Leiam e se surpreendam! Até mais!
Acompanhe a editora Rocco:
Amei a resenha! Só li duas, mas é sua é a melhor. Não fazia a menor ideia do que era esse éter descrito na sinopse e morria de vontade de saber porque não é algo comum e vi na outra resenha pessoa chamar de fogo e achei sem sentido.
ResponderExcluirAdorei como descreveu a relação dos personagens e tal. Então o alto índice que aprovação do site é de verdade? Ótimo resenha como sempre! Abraços!
Adorei tudo o que disse do livro, eu estava com medo por ser distopia, mas adoro livros que são narrados por uma ou mais pessoas (culpa do Martin), mas quase nunca encontro livro assim bom de verdade. Fiquei bastante curiosa agora, e com a parte de éter também. Vou ver se adiciono na minha lista de desejados.
ResponderExcluirA capa é bonita apesar do cabelo da menina ser revolto, as pessoas que acham feia é porque tem esse preconceito quanto a cabelo cacheado. Coisa feia! =D Beijo!
Nunca dei muita atenção pra esse livro antes, mas a sua resenha começou a me fazer querer lê-lo, é isso o que acontece quando eu venho no seu blog, hahah!
ResponderExcluirAh, eu não vejo a hora de ler esse livro. Tua resenha só aumentou essa minha vontade. Espero ter ele logo em breve. Achei a história surpreendente, que demore para os demais serem lançados.
ResponderExcluirQueria muito ler, mas desanimei com a capa, mas pela resenha minha vontade voltou. Parece maravilhoso, e fiquei curiosa a princípio pelo mesmo motivo que você, do Goodreads. Parabéns pela resenha, querendo um sorteio, haha. Bjs.
ResponderExcluirEu vivo me prometendo que não vou ler mais séries e trilogias, mas fica tão difícil vendo suas resenhas e os lançamentos que vem por ai. Esse livro é um que pensei que nem sairia aqui tão cedo, mas saiu e agora preciso ler! Adorei a resenha.
ResponderExcluirEu estou louca para ler esse livro *_*
ResponderExcluirSempre ouvi falar que a capa dele é muito mais linda ao vivo.
Eu adorei o enredo e estou bem curiosa.
beijos
Gostei da resenha!
ResponderExcluirEu não estava muito interessada em ler o livro até ver o book trailer. Vc já viu? É ótimo!
Seria bem legal mesmo ver a história no cinema né?
Beijos!
Esse livro parece ser tao bom fala sobre o mundo.
ResponderExcluirUm dos livros que mais quero leer! Esse combate entre outro mundos me fascina!
ResponderExcluirBastou olhar pra essa capa para me enfeitiçar pelo livro. Pela sinopse eu achei ele bem original, como você mesmo ressaltou em sua resenha. Mas a primeira resenha que li sobre ele me deixou bem desanimada com o livro, pois não falaram bem dele. Pelo contrário! Eu já ia desistir de comprar-lo e foi muito bom ter lido o seu ponto de vista pois me identifiquei em certos aspectos com ele e com certeza darei uma chance ao livro!
ResponderExcluirEssa capa é maravilhosa e eu estou loucaaaaa para ler uma nova distopia, é muito amor!!
ResponderExcluirEssas novas distopias estão me deixando apaixonada e fazendo da minha wishlist crescer MUITO! Adorei a resenha!
ResponderExcluirOMG!! Mais uma distopia para minha "listinha" nada pequena. Capa perfeita, premissa perfeita, quando eu penso que todos os temas distópicos já foram explorados e tudo que viesse após isso seria mera repetição, eu descubro que não há limites para esse tema rsrsrs. A autora criou um mundo totalmente novo com personagens que já me cativaram desde a sinopse. Espero conseguir comprar todos esses queridinhos em breve, haja grana!! Preciso de patrocínio.
ResponderExcluirLi o livro e super recomendo, mal posso esperar pra ler o 2 livro.
ResponderExcluirEstava procurando distopias nas suas resenhas, e me deparei com essa capa e a autora que tanto elogiam.
ResponderExcluirAchei bem bacana a premissa, e a jornada de Ária e Perry parece ser muito boa, assim como o mundo distópico deste livro é interessante.
Boa resenha!
Tô com esse livro mofando aqui em casa (na versão da outra editora) e ainda não li por não saber se teria continuação. Ainda bem que a editora resolveu lançar! Quero ler, parece ser mesmo muito bom.
ResponderExcluirJá estava bastante interessada em ler esse livro só pela sinopse, e agora depois de ver essa resenha fiquei ainda mais curiosa em conferi essa história que parece mesmo ser ótima.
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