Nome: Inferno: O Mundo Em Guerra
No Original: Inferno: The World At War
Autor (a): Max Hastings
Tradutor (a): Berilo Vargas
Páginas: 816
Editora: Intrínseca
Comprar: Submarino - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: Para muitos historiadores, nenhum outro acontecimento da história da humanidade teve o impacto da Segunda Guerra Mundial, que entre 1939 e 1945 abalou as vidas de centenas de milhões de pessoas em todo o planeta. Jornalista especializado na cobertura de conflitos, com vinte livros publicados, o inglês Max Hastings traça, em apenas um volume, um vasto painel da guerra em todos os fronts, colocando em primeiro plano o testemunho de pessoas comuns, obtido em cartas, diários, livros de memórias e depoimentos. Estudo monumental e abrangente do conflito, Inferno não se limita a fazer uma simples narrativa da sequência de eventos trágicos, desde a invasão da Polônia até a explosão das bombas de Hiroshima e Nagasaki, mas revela ao leitor do século XXI como foi viver, lutar e morrer em um mundo em guerra. Em apenas um volume, a história da Segunda Guerra Mundial em todas as suas frentes, com ênfase na experiência das pessoas que viveram o conflito. Ilustrado com 48 páginas de fotografias e 20 mapas.
Ah a guerra. Que palavra definiria melhor o período de 1939 a 1945? Max Hastings encontrou a resposta: Inferno. Não ia ler esse livro, mas quando vi já tinha solicitado pela parceria com a editora Intrínseca. Decidi subitamente que já estava na hora de largar os livros romantizados sobre o período e encarar novamente uma nova leva de história real. E que surpresa. Ainda estou atordoada com a escolha de posicionamento do autor. História imperdível para qualquer ser humano com o mínimo de consciência histórica.
Max Hastings já escreveu diversos livros sobre a Segunda Grande Guerra. Sob o ponto de vista dos judeus, sobre a invasão da Alemanha, sobre a blitz de Londres e impacto na população. Já abordou diversos pontos dentro do conflito e foi premiado diversas vezes por tal, mas dessa vez ele sabiamente decidiu abordar as vozes da guerra. Pessoas comuns, soldados, aliados e inimigos. Os horrores pessoais vividos por cada um mundo a fora enquanto nos grandes salões governos se debatiam e relutavam em entrar de vez na luta. Uma visão que choca e surpreende por apresentar uma visão totalmente distante da face romantizada que nós do ocidente costumamos dar, e receber de diversos meios, a guerra. Esqueça tudo o que sabe sobre o período. Os EUA não entraram na guerra no espírito coletivo de patriotismo. A Inglaterra não estava empenhada sobre a mesma balança na luta contra Hitler. E mais importante: nenhum dos governos mundo a fora demonstrara qualquer vontade idealista humanitária para lutar. Queriam proteger territórios coloniais e os próprios interesses econômicos.
O autor apresenta uma versão nua e crua da guerra. Governos hesitantes, exércitos despreparados, estratégias mal elaboradas que custavam vidas, e o achismo de ambos os lados que por muito tempo adiou a entrada americana na guerra. O mais chocante da história apresentada por Hastings é sem dúvida a parte sobre a operação Barbarossa. Testemunhos de soldados russos e alemães, bem como da população de ambos os países. A mal fadada invasão alemã ao território russo que uniu um povo que até o momento estava esfacelado pela ditadura lunática de Stalin. O mesmo Stalin que mandou milhões de jovens para a morte, que repetidamente ordenou ataques cujo resultado era a morte certa na mão dos alemães.
Já na introdução fica claro o diferencial do livro. Partes pouco lembrada da guerra foram retratadas de forma justa pelo autor. Como a triste história de Leningrado/São Petersburgo que foi deixada faminta por meses e a morte sistemática de jovens russos tanto pelas mãos do inimigo quanto pelas mãos de seus próprios comandantes. No meio disso tudo está todo o tipo de relato. De altos comandantes a camponeses. Poloneses, gregos, italianos, judeus, finlandeses, japoneses, americanos e britânicos. De frases sensatas a empolgação insana dos pilotos da RAF e da Luftwaffe. As mais sinceras frases de pessoas que sonhavam em lados diferentes, mas que lutavam pela mesma coisa: sobrevivência. Max Hastings intercala o desenrolar da guerra com o sentimento humano a cada nova etapa do conflito.
Leitura surpreendente e enriquecedora. Dos primeiros meses do conflito ao pós-guerra. Uma visão única e diferente de tudo o que já havia lido ou visto sobre o período de 1939 a 1945. Chocante, surpreendente e que marca quem lê não apenas pelos depoimentos, mas pelo conjunto de informações. A edição da Intrínseca está muito boa. Com fonte agradável, mapas, fotos, fontes bibliográficas e referências tudo organizado ao longo e no final do livro. Notei alguns erros de ortografia, troca de letras, mas foram poucas vezes. Recomendado a todos. Principalmente aos que apreciam estudar e compreender o período. Nunca havia me deparado com um relato tão sombrio e tão despido de sentimentos, imagens preconcebidas. Leiam! Até mais!
Max Hastings já escreveu diversos livros sobre a Segunda Grande Guerra. Sob o ponto de vista dos judeus, sobre a invasão da Alemanha, sobre a blitz de Londres e impacto na população. Já abordou diversos pontos dentro do conflito e foi premiado diversas vezes por tal, mas dessa vez ele sabiamente decidiu abordar as vozes da guerra. Pessoas comuns, soldados, aliados e inimigos. Os horrores pessoais vividos por cada um mundo a fora enquanto nos grandes salões governos se debatiam e relutavam em entrar de vez na luta. Uma visão que choca e surpreende por apresentar uma visão totalmente distante da face romantizada que nós do ocidente costumamos dar, e receber de diversos meios, a guerra. Esqueça tudo o que sabe sobre o período. Os EUA não entraram na guerra no espírito coletivo de patriotismo. A Inglaterra não estava empenhada sobre a mesma balança na luta contra Hitler. E mais importante: nenhum dos governos mundo a fora demonstrara qualquer vontade idealista humanitária para lutar. Queriam proteger territórios coloniais e os próprios interesses econômicos.
O autor apresenta uma versão nua e crua da guerra. Governos hesitantes, exércitos despreparados, estratégias mal elaboradas que custavam vidas, e o achismo de ambos os lados que por muito tempo adiou a entrada americana na guerra. O mais chocante da história apresentada por Hastings é sem dúvida a parte sobre a operação Barbarossa. Testemunhos de soldados russos e alemães, bem como da população de ambos os países. A mal fadada invasão alemã ao território russo que uniu um povo que até o momento estava esfacelado pela ditadura lunática de Stalin. O mesmo Stalin que mandou milhões de jovens para a morte, que repetidamente ordenou ataques cujo resultado era a morte certa na mão dos alemães.
Já na introdução fica claro o diferencial do livro. Partes pouco lembrada da guerra foram retratadas de forma justa pelo autor. Como a triste história de Leningrado/São Petersburgo que foi deixada faminta por meses e a morte sistemática de jovens russos tanto pelas mãos do inimigo quanto pelas mãos de seus próprios comandantes. No meio disso tudo está todo o tipo de relato. De altos comandantes a camponeses. Poloneses, gregos, italianos, judeus, finlandeses, japoneses, americanos e britânicos. De frases sensatas a empolgação insana dos pilotos da RAF e da Luftwaffe. As mais sinceras frases de pessoas que sonhavam em lados diferentes, mas que lutavam pela mesma coisa: sobrevivência. Max Hastings intercala o desenrolar da guerra com o sentimento humano a cada nova etapa do conflito.
Leitura surpreendente e enriquecedora. Dos primeiros meses do conflito ao pós-guerra. Uma visão única e diferente de tudo o que já havia lido ou visto sobre o período de 1939 a 1945. Chocante, surpreendente e que marca quem lê não apenas pelos depoimentos, mas pelo conjunto de informações. A edição da Intrínseca está muito boa. Com fonte agradável, mapas, fotos, fontes bibliográficas e referências tudo organizado ao longo e no final do livro. Notei alguns erros de ortografia, troca de letras, mas foram poucas vezes. Recomendado a todos. Principalmente aos que apreciam estudar e compreender o período. Nunca havia me deparado com um relato tão sombrio e tão despido de sentimentos, imagens preconcebidas. Leiam! Até mais!
Acho a segunda guerra um período ainda muito obscuro. É difícil não se deixar levar pela imagem que filmes e romances trazem. Holocausto, dia D, Churchill, o famoso "I want You" e o tal patriotismo. Pelo que disse o livro foca em pessoas e as visões delas da guerra, além do outro lado da guerra que poucos conhecem. Parece excelente. Ótima resenha, diferente e sincera. Quem sabe um dia leio, se tivesse tempo leria logo. Beijos!
ResponderExcluirEste é um livro que eu gostaria de presentear o meu namorado, pois ele se interessa muito por essas temáticas! Quem sabe eu compre :)
ResponderExcluirBeijos,
Caroline, do Criticando por aí.
Nossa. Esse livro deve ser quase um "tapa na cara". Eu imagino que deva ser extremamente forte e cru, muito bom se lido no momento certo.
ResponderExcluirÉ uma excelente forma de perceber que toda situação, por mais conflituosa que seja, tem dois lados e ambos acabam sendo afetados profundamente pelo confronto.
Thais Vianna
@dathais
A segunda guerra mundial é um período que desde o ensino médio me fascina. O número de publicações sobre o período são extensas, o que acabou por produzir uma série de relatos, digamos, pouco fidedgnos. Fiquei curioso com esse livro, mas não sabia bem o que experar, sua resenha sanou o problema. O livro já está na lista. Gostei da proposta do autor, em especial por eliminar a visão romantizada do assunto. Ótima resenha!
ResponderExcluirAbraços
Juan - http://sempre-lendo.blogspot.com.br/
Eu adoro segunda guerra mundial. Esse livo aprece mostrar bem o real da coisa. Quero muito lê-lo!
ResponderExcluirEsse período da História é muito intrigante e assustador. Ao mesmo tempo, interessantíssimo... Parece mt bom ter algo com perspectivas diferentes de outras pessoas. Com certeza eu leria, ótima dica.
ResponderExcluirabraços,
Luciana
Esse período da História é muito intrigante e assustador. Ao mesmo tempo, interessantíssimo... Parece mt bom ter algo com perspectivas diferentes de outras pessoas. Com certeza eu leria, ótima dica.
ResponderExcluirabraços,
Luciana
O livro não faz muito o meu estilo, mais eu gosto dessa coisa meio histórica sabe.
ResponderExcluirbeijos,
Fernanda,
www.lendoeesmaltando.blogspot.com.br
Acho que a história deve ser muito triste e agora que falou fiquei com vontade ler mesmo sendo grande e eu preguiçosa. A II Guerra é uma coisa tão além da compreensão mesmo para quem não se interessa muito pelo assunto que acho qualquer livro que traga a visão do povo que viveu no meio do conflito muito válido e bonito. Adorei a resenha! Abs.
ResponderExcluirNunca li nada de Max Hastings, mas tenho curiosidade, ainda que minha resistência com certas obras de jornalistas seja considerável hahaha Mas sei que Hastings se fundamentou bem na bibliografia, então resta ler e confiar. tenho bastante interessante na Segunda Guerra, mas infelizmente meus nervos não aguentam muito não. Sempre fico tocada.
ResponderExcluirAgora, fiquei impressionada com o tamanho do livro, viu?
Vanessa as referências bibliográficas são parte fundamental do livro. No final tem um índice bem grande e durante todo o livro você vê as marcações. Tanto de referência a obras históricas quanto a achados, cartas e diários recolhidos. É bem interessante assim como as imagens. Só tem um problema o livro é marcante, se é que é um problema, mas você me entende. Fica na cabeça, na memória por semanas e horas depois. Mal consegui dormir pensando, visualizando cada cenário e situação descrita no livro. Vale a pena principalmente porque é um ângulo diferente da II Guerra.
ExcluirA segunda guerra mundial ainda continua sendo tema principal em livros e filmes. É bom mesmo, para que a geração atual tenha uma noção desse período que foi negro na história da humanidade. Meu pai quase foi para a Itália, mas felizmente quando ia embarcar, foi dada a ordem para deixassem o navio e permanecessem no Brasil. Vou querer ler esse livro, embora tenha certeza que ficarei chocada em muitas partes dele. Amei sua resenha.
ResponderExcluirUm assunto importante e quenão deveria ser esquecido. Hoje em dia, a maioria dos jovens pouco sabem a respeito da segunda guerra mundial e tão pouco se interessam por assuntos políticos que são tão importantes.
ResponderExcluirEu não sou muito ligada em livros reais da segunda guerra não, prefiro os romances mesmo sabendo que muitos atenuam os horrores. Sou fraca e acho que teria semanas de pesadelos. Imagina um livro de 816 páginas que passeia de canto a canto do conflito? Aflitivo demais. Ótima resenha, até me deixou com curiosidade deve ser perfeito para quem gosta muito do tema. Beijos!
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