28/05/2014

Resenha - Diablo III: Tempestade de Luz


Nome: Tempestade de Luz
No Original: Storm of Light
Autor (a): Nate Kenyon
Tradutor (a): Bruno Galiza
Páginas: 336
Editora: Galera Record
Comprar: Travessa - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: Tyrael, agora um ex-arcanjo mortal, parte em uma tarefa impossível: roubar a Pedra Negra das Almas do coração da cidade prateada. Para isso, junta um grupo de guerreiros improvável e reforja a aliança com os Horadrim. Entre os escolhidos estão um guardião da lâmina El’druim, uma feiticeira, um monge de Ivgorod e um misterioso necromante. Deles depende não apenas o futuro de Santuário, como o destino da humanidade e o Equilíbrio entre Trevas e Luz. Conseguirão completar sua missão antes que o Paraíso Celestial se perca para sempre?

Faz muito tempo que tenho vontade de conhecer mais a franquia Diablo desde seu começo, mas foi só com Diablo III que pude finalmente mergulhar nos meandros de uma das mais famosas franquias de game. Quando a Galera lançou A Ordem comprei-o logo em seguida, mas por falta de tempo o livro foi ficando e agora como um preparativo para a nova expansão Reaper of Souls chega o livro de Nate Kenyon. Uma história que agradará aos fãs da saga e também conquistará novos leitores. Conheçam a incrível jornada de Tyrael, um arcanjo tornado mortal que luta para salvar a raça humana.

Mesmo sem conhecer todo o universo da história é possível aproveitar a história narrada por Kenyon. O autor faz um ótimo trabalho ao inserir a história básica desde Anu, o ser Original que expurgou o mal, que criou o dragão Tathamet, o primeiro Mal Supremo, que em sua batalha final explodiram criando o universo, uma mistura de bem e mal infinito. As sete cabeças do dragão formam aos Sete Grandes Males do Inferno Ardente e o corpo seu reino, enquanto a coluna de Anu formou o arco cristalino e o Paraíso Celestial. Em um Conflito Eterno, ambos os lados lutam, até a criação de Santuário e dos nefalem, os humanos, formados por anjos e demônios cansados da luta interminável os nefalem mostraram que a luta entre o bem e o mal pode ser maior e mais complexa, sendo parte dos dois lados. Eles sempre estiveram no centro desse conflito, e agora com a Pedra Negra das Almas influenciando o Paraíso de forma maligna tudo o que o conselho de arcanjos pensa é em destruir Santuário. Eles acreditam que com o fim dos humanos a luta enfim terá um fim, que eles é que estão causando o maior mal. Tyrael não pode deixar isso acontecer, ele enxerga a influência nefasta da Pedra e precisa agir antes que algo terrível aconteça. Lutando contra sua mortalidade e com a perda das asas, Tyrael liderará um grupo numa missão mortal: recuperar a Pedra Negra no Paraíso e fugir a tempo de escondê-la. Mas caçadores já foram enviados com ordem de matar todos eles, e não foram enviados apenas pelo Pandemônio...

É a partir dessa premissa que a história se desenrola acompanhando Tyrael por todo Santuário ao lado de Jacob, o exímio espadachim que portou por um tempo a espada da Justiça, Shanar, uma feiticeira poderosa, Mikulov, um monge de Ivgorod, Thomas e Cullen, dois estudiosos da ordem Horadrim, Gynvir, uma guerreira dos povos bárbaros e Zayl, um misterioso necromante que carrega consigo Humbart, uma caveira falante muito temperamental. A narrativa em terceira pessoa intercala a visão dos personagens dando corpo a trama, desenvolvendo muito bem o clima e ambientação. Ambientação que chama atenção pelos tons e detalhes que Kenyon consegue transportar para o livro com clareza.

Mesmo em meio a tensão da jornada e do perigo de serem mortos por seus caçadores, o grupo com toda sua heterogeneidade surpreende o leitor, seja pelos diálogos que vão do tom exaltado ao tom confidencial em minutos, seja pela personalidade de cada um e suas histórias pessoais. Foi ótimo ver a trama através de cada um, ver o que eles pensavam sobre a situação ajudou a enriquecer a história. Seguindo de uma cidade a outra em busca de uma fortaleza perdida antes de seguirem para seu objetivo final o grupo passa por muitas batalhas, a maioria bem construída, que culminam em capítulos finais bem ágeis e tensos. O fim foi a altura e abre caminho sem dúvida para a expansão do jogo, deixando o leitor curioso para saber o que virá.

Leitura rápida e que conquista mesmo aqueles que não conhecem o jogo. Nate Kenyon trabalha bem em cima dos personagens e do ambiente, instigando o leitor desde começo e deixando ao final uma curiosidade forte para a expansão. Sendo sua escrita fluída e bem amarrada. A edição da Galera está ótima, boa tradução, boa fonte e capa bem adaptada. Recomendo a todos que gostam do jogo e também aos que querem conhecer. Além disso é perfeito para quem procura uma história inovadora e rica envolvendo anjos e demônios. Leiam e se surpreendam! Até mais!

4 comentários:

  1. De fato, o conteúdo do livro é algo inovador, bem diferente do que se viu acerca do tema até agora. Sabia que havia um jogo, mas não imaginei que fosse inspiração para uma história tão original quanto essa.
    Horadeflorescer.blogspot.com

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  2. Eu aposto que Tyrael consegue roubar a Pedra Negra!

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  3. Não leio livro de game, mas tenho curiosidade de ler e jogar. Não jogo quase nada, mas acho muito lindo o design, a arte de vários games, esse Diablo III é um que me recomendaram, a história do livro parece ótima e gostei do jeito que colocou a resenha, acho que vou começar pelos livros mesmo. Adorei a resenha! Beijo para ti!

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  4. Adorei o livro, mas acho que meu namorado gostaria mais. Já sei o que dar de presente kkkk

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