Resenha - É O Primeiro Dia de Aula... Sempre!

Nome: É O Primeiro Dia de Aula... Sempre!
No Original: The First Day of School... Forever!
Autor (a): R.L. Stine
Páginas: 168
Editora: Seguinte
Comprar: Siciliano - Saraiva - Cultura - Travessa

Sinopse: No primeiro dia de aula Artie caí da cama e bate a cabeça. Então, no café da manhã, seu irmão mais novo, Eddy, derruba a calda da panqueca no cabelo de Artie, que não tem tempo de lavá-lo. “Você não vai querer se atrasar no primeiro dia de aula na escola nova”, lembra a mãe dele. Artie tem que ir então para a aula com o cabelo todo grudento. No caminho, uma caminhão passa por uma poça d’água e espirra toda a água nele. Suas roupas ficam molhadas e até parece que ele fez xixi nas calças. Não é só o primeiro dia de aula — é o pior primeiro dia de aula da história. Na manhã do dia seguinte, Artie cai da cama e bate a cabeça. Bem forte. Depois disso, ele fica se sentindo um pouco tonto, mas deve ser só a confusão de começar em uma escola nova, claro! Então, no café da manhã, seu irmão mais novo, Eddy, derruba a calda da panqueca no cabelo dele e... Hã??? Tudo está acontecendo exatamente da mesma maneira que no dia anterior! O primeiro dia de aula se repete no dia seguinte, e no dia seguinte, e no dia seguinte... Será que Artie vai conseguir encontrar um jeito de mudar isso? Ou será o primeiro dia de aula… SEMPRE?

Um livro com o nome no mínimo curioso para quem sempre gostou de primeiros dias de aulas e que me deixou com vontade de ler logo de cara. Infantojuvenil, curto e que provavelmente seria bastante engraçado. Stine é conhecido pela série de terror infantil Goosebumps, série que quase li uma vez, mas que acabou passando. A história do livro é bem criativa e a mistura de humor ficou muito boa, mas o final apesar de surpreender poderia ter sido mais desenvolvido.

A sinopse já fala basicamente tudo o que você precisa saber sobre a trama. Artie acaba de se mudar para uma nova cidade e consequentemente vai ter que enfrentar o primeiro dia numa escola nova. O dia já começa estranho com o tombo da cama, o choque e o desastre do café da manhã. Porém é ao chegar à escola que Artie percebe o quanto as coisas vão piorar. O diretor da escola é estranho, quase sinistro. O pouco contato que tem com seus colegas no corredor da escola é um desastre. Ele entra na sala errada e novamente esbarra na estrela da escola, um garoto enorme e popular. Quando finalmente chega a sala de aula é castigado pelo incidente desastroso com o escorpião da turma e mandado a biblioteca. E é ai que Artie começa a ficar preocupado de verdade. Que tipo de escola é aquela? E que situação bizarra foi aquela no porão que é a biblioteca? Tem alguma coisa muito errada ali, mas Artie não tem tempo de descobrir porque subitamente acorda na sua cama. Era apenas um pesadelo, mas não é bem assim. Mais rápido do que gostaria tudo começa de novo, praticamente igual. Só os desastres parecem piorar a cada novo primeiro dia...

Essa é a premissa trabalhada por Stine e sinceramente bastante original, porque ao contrário do que já apareceu em outros livros dessa vez não tem nada a ver com morto, últimos dias e nada do que você possa estar imaginando. A narrativa é muito boa, os toques de humor são todos bem colocados e como Artie é o narrador temos todas as impressões do personagem em cada acontecimento estranho. A ambientação também é boa, apesar de que o autor poderia ter deixado todas as partes do colégio sombrias, e não só a biblioteca. O grande porém do livro é aonde a história de Artie conduz. Não foi justo! Esperei algo aterrador e que no mínimo todos os envolvidos descobrissem o motivo das repetições. Não posso dar maiores detalhes, mas Stine pecou nesse quesito. Parece que ele ficou com preguiça de fazer algo melhor do que aquele último capítulo que fecha a história.

Tudo bem que não sonhava que era aquilo que estava acontecendo. Foi criativo e garanto que a maioria não vai descobrir, mas foi súbito demais. Simplesmente o autor conta aquilo e encerra o livro. Poderia ter investido mais nas aventuras de Artie e desenvolvido mais a parte que ele tenta descobrir aquilo. O livro poderia ter no mínimo mais umas sessenta páginas. Não ficaria longo demais para as crianças e ficaria satisfatório tanto para os mais novos quanto para os mais velhos.

A edição da Seguinte que recebi ainda é a de avaliação, mas gostei da capa que escolheram e do formato do livro. É uma história que ficaria boa no cinema, mas no formato de animação. Por um motivo que não posso explicar bem, mas que seria perfeito de ver na telona. Recomendado a todos. É um terror leve que vai divertir e até assustar as crianças Além de entreter os mais velhos entre uma leitura pesada e outra. Ideal para quem tem filho ler junto com ele. Leiam! Até mais!