08/11/2014

Resenha - Onde Deixarei Meu Coração


Nome: Onde Deixarei Meu Coração
No Original: Nobody's Girl
Autor (a): Sarra Manning
Tradutor (a): Fabiana Colasanti
Páginas: 336
Editora: Galera
Comprar: Submarino - Travessa - Saraiva - Cultura
Sinopse: Bea acredita que é a mais entediante adolescente do mundo. Aos 17 anos, não é popular, engraçada ou bonita. A única coisa interessante em sua vida é o pai, que a abandonou mesmo antes de ela nascer e agora vive em Paris. Bea recebe um convite para passar as férias em Málaga e com um bônus: pode se afastar da mãe irritante e controladora. Porém, depois de apenas 48 horas na Espanha, ela se flagra mudando o itinerário. Ansiando pela vida parisiense a cada momento de sua apagada existência, ela acaba na cidade luz, à procura do pai que nunca conheceu. No caminho, conhece Toph, um estudante americano mochilando pela Europa e, em vez de achar o pai pelos cafés e boulevards de Paris, ela acaba perdendo um pouco a cabeça. Mas pode encontrar muito mais do que desejava. Pode encontrar a si própria.

Desde que vi a capa do novo livro da autora Sarra Manning dessa vez pela Galera fiquei animada para conhecer a história. Uma imagem de Paris ilustra a capa e desperta a curiosidade do leitor. Sarra Manning desta vez leva o leitor por uma viagem de descobertas e mudanças. Uma história simples, mas divertida e bem construída por uma França de filmes, livros e música. Conheçam.

Bea sabe que sua vida não é das mais aproveitadas e que as cobranças de sua mãe a transformaram em uma garota passiva, por isso quando Ayesha, sua antiga amiga a chama para passar os dias com seu grupinho de amigas populares Bea não acredita muito e sente que elas estão aprontando algo. Mas o tempo passa e Bea começa a gostar de sua nova rotina de festas e saídas com suas novas amigas. Até que Ruby sugere que elas passem as férias na Espanha, e claro que todas custam a convencer a mãe de Bea, mas no fim já na Espanha Bea finalmente entende porque Ruby e as outras meninas insistiram tanto em sua companhia. Decepcionada e morrendo de raiva, Bea decide voltar para casa, mas ao invés disso pega um trem para Paris, onde acaba cochilando e indo parar em Bilbao. Lá ela conhece um grupo de mochileiros americanos, Erin, Bridget, Jess, Michael Aaron e Toph, que estão aproveitando para fazer uma última viagem antes de terminarem a universidade. Sem a mínima vontade de voltar para casa e enfrentar as neuroses de sua mãe, Bea decide realizar seu sonho de conhecer Paris e quem sabe encontrar o paradeiro de seu pai desconhecido. No meio de uma paisagem única e melhor do que qualquer filme que ela já tenha assistido sobre Paris, Bea descobrirá que o passado é melhor não remexer e que em Paris qualquer coisa é possível.

É a partir dessa premissa que a autora desenvolve sua história e devo dizer que adorei bastante o cenário. Eu adoro Paris, é uma cidade com um clima totalmente diferente, afinal quem nunca ouviu que a França desde sempre funcionou em um ritmo diferente? E a impressão de que é isso mesmo em Paris é única. Bea é uma personagem que cresce à medida que o livro avança, sua voz narrativa é desajeitada no começo, e fica mais firme e cativante com o passar dos capítulos. Mais uma vez Sarra Manning me surpreendeu com belas descrições e uma paisagem realista, imersiva e vívida. Impossível não fechar os olhos e ver cada cena com clareza. Talvez seja Paris, ou não, mas gostei muito da ambientação.

Os personagens secundários também são bons, apesar que demorei me entender com todos. Gostei da forma como tudo se desenrolou entre Toph e Bea, e queria mais além daquele epílogo. Não posso reclamar do final claro, aliás tem muito de Amélie Poulain naquele fim, cativante sem ser clichê, e com o toque da realidade, mesmo ela não sendo a mais bonita e romântica das escolhas. Manning sempre surpreende o leitor ao preferir o que é real e palpável ao invés de apenas o bonitinho e o fácil.
O grande problema é que a história deixa todo mundo curioso para saber o depois. É sempre assim com histórias que se passam em Paris, e claro porque gostei muito das mudanças em Bea. O fato da autora ainda ter encontrado tempo e equilíbrio para falar da história da mãe de Bea foi melhor ainda, porque não deixou apenas o romance em foco. Aliás, também fiquei curiosa para conhecer o passado a avó de Bea, morri de rir com ela falando que passava os dias dirigindo uma ambulância e as noites se divertindo com soldados americanos durante a guerra.

Leitura que flui fácil, gostosa e cativante. Pode demorar um pouco a encaixar o ritmo, mas Sarra Manning possui uma narrativa marcante e muito bem construída, que leva o leitor pela vida de personagens palpáveis e que crescem com a história. A edição da Galera está ótima, bela capa e contra capa, uma pena que a fonte do interior não é a mesma usada no exterior. A Galera bem que podia largar a fonte padrão da editora e usar variadas fontes quando os livros merecerem. A capa ficou tão linda, só faltou isso. Recomendado a todos que procuram um jovem adulto cativante e diferente. E claro a todos que adoram Paris. Leiam e se surpreendam com a história! Até mais!

2 comentários:

  1. Como eu me apaixonei pela capa desse livro!Sério eu o quero logo...kk Só vejo resenha positivas sobre ele o que me deixa mais curiosa pra lê-lo!! Adorei a resenha..
    Bjos :D

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  2. Muitas resenhas legais desse livro e essa foi mais uma. Queria conferir. E quem não ama uma trama que se passa em Paris? Adoro! Mas acho que fica sempre uma coisa...igual. Sabe, aquelas tramas que você sente já ter lido só porque tem aspectos iguais a outros e....Ahh, não sei explicar. Mas fica uma sensação de déjà vu quando leio tramas que se passam na França..... Só comigo isso acontece? Oo
    Mas fora isso, queria ler. É uma boa história pelo visto.

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