18/03/2014

Resenha - Tabuleiro dos Deuses


Nome: Tabuleiro dos Deuses
No Original: Gameboards Of The Gods
Autor (a): Richelle Mead
Tradutor (a): Guilherme Miranda
Páginas: 424
Editora: Paralela
Comprar: Submarino - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: Justin March, um investigador de religiões charmoso e traiçoeiro, volta para a República da América do Norte Unida (RANU), após um misterioso exílio. Sua missão é encontrar os responsáveis por uma série de assassinatos relacionados com seitas clandestinas. Sua guarda-costas, Mae Koskinen, é linda, mas fatal. Membro da tropa de elite do exército, ela irá acompanhar e proteger Justin nessa caçada. Aos poucos, os dois descobrem que humanos são meras peças no tabuleiro de poderes inimagináveis.

Faz muito tempo que ouço as pessoas falando que Richelle Mead é uma excelente escritora e elogiando sua série jovem de vampiros. Desde que li a segunda delas que cheguei à conclusão que o universo criado pela autora é mesmo intricado e marcado por elementos interessantes por isso quando soube de uma nova série que misturava mitologia, distopia e romance fiquei curiosa para ler. Sou apaixonada por tramas que trazem mitologia, seja qual for e foi uma surpresa conhecer a história apresentada nesse primeiro momento.

Mae é uma pretoriana, uma soldado de elite que tem um implante que melhora as funções corporais fazendo-o suas habilidades excepcionais. Sua farda é tudo, pretorianos não dormem e são fiéis aos seus. Quando no velório de um deles uma provocação é feita, Mae perde a cabeça e como punição recebe a incumbência de buscar Justin March no Panamá e acompanhá-lo em sua missão. É terrível, mas é melhor do que uma suspensão formal. Justin March foi exilado quatro anos atrás da RANU e passa todos seus dias sonhando com o dia que poderá voltar para a civilização. Justin era um agente da Segurança Interna, um dos melhores investigadores de seitas e cultos religiosos proibidos, mas há quatro anos escreveu um relatório que lhe rendeu o exílio. Algo inédito na RANU e que deixou todo mundo intrigado. No Panamá, por causa de um mal-entendido Justin e Mae acabam na cama antes de conhecer a missão o que rende um atrito imediato na relação dos dois. A RANU sempre lutou contra religiões, sua principal meta foi manter o povo afastado de crenças irreais, mas à medida que os dois mergulham no caso dos estranhos assassinatos, mas Mae começa a enxergar que existe muito mais por trás das proibições dos cultos. Justin, que desde que foi exilado é acompanhado por dois corvos na sua mente sabe que tem algo a mais em Mae, mais do que o implante e quando pistas do caso começam a se interligar perigosamente, ele fará de tudo para fazê-la enxergar a verdade e solucionar o caso sem perder o direito de ficar no país.

É a partir dessa premissa que a autora dá início a sua história e o que começa um pouco desencaixado evolui para uma história coerente e criativa. Mead usa a investigação dos assassinatos para dar corpo a trama, mas a verdadeira trama é o que se revela por trás dos assassinatos. Encaixando nas entrelinhas dicas e pistas a autora constrói seu universo através de uma narração dividida em três pontos de vistas. E como eu disse o livro evolui muito na segunda metade, à medida que a autora aprofunda na trama religiosa e no culto aos diversos deuses sua história cresce, mostrando instigante e inovadora.

As descrições é outro fator que chama atenção, criando uma ambientação futurística com traços próprios, que fogem do comum do gênero e mergulha o leitor num futuro onde o mundo quase foi destruído por guerras em nome de deus e por um vírus mortal. Mead se utiliza de toda sua pesquisa e conhecimento de religiões e mitologias para criar esse novo mundo. É notável o primor das partes onde descreve os cultos, os deuses e seus costumes. Foi um dos pontos que mais enriqueceu a história. Perceber que não teríamos só deuses gregos também foi fascinante. O conhecimento da autora para criar uma trama complexa envolvendo diversas deidades tem se der extenso e sua pontualidade é fabulosa. Aliado a esse pano de fundo rico temos personagens curiosos, que em um primeiro momento soam relutantes e confusos, mas que crescem, chegando ao final do livro em um ponto que deixa o leitor curioso para saber como se desdobrará a história.

Leitura agradável, de ritmo alternado e que surpreende pelos elementos. Gostei muito da construção do mundo e da trama. Richelle Mead apresentou um universo muito criativo e com personagens complicados, com falhas e que cativam o leitor pouco a pouco. Muitos acharam a história um começo lento para a série, mas eu gostei da forma como tudo foi se encadeando. E gostei muito de captar algumas pistas, com gosto de mitologias foi fácil. A edição da Paralela que li é prova, mas gostei da capa e a tradução está ótima. Recomendado a todos que procuram uma série mais adulta, com mundo diferente, que mistura mitologias e distopia de forma única. Leiam e se surpreendam! Até mais!

A Era do X - Richelle Mead
1- Tabuleiro dos Deuses
2- The Immortal Crown
3- Sem Título Ainda

5 comentários:

  1. Eu amo Richelle Mead e esse tá no topo da minha lista de desejados, ainda não consegui comprar, mas preciso desse livro, vi resenha falando que não é tão bom, mas gostei muito da sua resenha, fala de tudo sem basear em VA e eu amei, gostei principalmente do fundo e dos personagens.

    Beijos!

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  2. Ei! Estava esperando a resenha desse livro, eu adoro Richelle Mead também, e muito bom ver a resenha aqui, distopia dela deve ser melhor do que de qualquer autor, adorei a parte que fala do universo da série, é bem legal. Gostei da capa e é ótimo saber que o livro é tão bom quanto esperava. Ótima resenha! Abs!

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  3. Só para começar não gostei da capa, mas como gosto da autora quero muito ler para tirar minhas dúvidas, conheço gente fã de VA que odiou o livro, mas sua resenha até que fala de coisas que não imaginava que o livro teria, gostei da protagonista pelo que descreveu, vamos ver se gosto, adorei a resenha! Beijos!

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  4. Parece ser legal, mas um pouco difícil de entender a história no começo.
    Não li nada da autora, acho que vou começar por esse. Amo mitologia!

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  5. A ideia do livro é bem diferente, religião, distopia, romance? Achei meio misturado, mas até que gostei da resenha, o jeito que você pôs tudo parece que funciona legal, a capa é estranha, mas quem sabe eu leio, adoro mitologia e só de misturar várias já me conquistou. Bjo para ti!

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