13/08/2013

Dicas #25 - Dude-Lit ou Lad-Lit

Olá! Como vai o dia? Ontem/hoje publiquei aqui no blog a resenha do livro "O Projeto Rosie" e nela no último parágrafo citei os termos que dão nome as dicas de hoje. Dude-Lit e Lad-Lit. Se você ainda não deduziu pelos termos o que são eu explico para você. Todo mundo está cansado ou careca se preferir de ouvir falar sobre "chick-lit", ou seja literatura de mulher, para mulher, para garotas e por ai vai. Mas de uns anos para cá se você procurar nos lugares certos ou prestas atenção aos detalhes vai ver que surgiu o termo "dude-lit" e "lad-lit". Eles já estão ai tem muito tempo e nos últimos anos ganharam um nome. Na maior parte dos casos é só isso, mas faz diferença para quem gosta de saber o que esperar, afinal vamos ser sincero um romance narrado por um homem tem sim bastante diferença de um narrado por mulher. Não só romance, qualquer gênero.

A única diferença entre dude e lad é a origem. Na Reino Unido, na Inglaterra principalmente vem se usando muito o termo lad-lit para livros com narradores homens, na maioria escrito por homens e algumas pessoas dizem feito para homens e do outro lado do atlântico surgiu o dude-lit para a mesma definição. Na maior parte dos casos os livros que se encaixam no termo dão um grande insight ao leitor dos pensamentos e comportamento dos homens. E já vi muitas pessoas não gostando de alguns livros justamente por não estar habituado ou familiarizado com os termos dude-lit e lad-lit. Por isso resolvi trazer as dicas de hoje. Vai ver você já até leu e não ligou o livro ao nome, vai ver você não gostou muito por esperar algo e não estar aberto a esse novo, digamos gênero. Vamos as dicas:

Alta Fidelidade, de Nick Hornby, 312 páginas.
Rob é um sujeito perdido. Aos 35 anos, o rompimento com a namorada o leva a repensar todas as esferas da vida: relacionamento amoroso, profissão, amizades. Sua loja de discos está à beira da falência, seus únicos amigos são dois fanáticos por música que fogem de qualquer conversa adulta e, quanto ao amor, bem, Rob está no fundo do poço. Para encarar as dificuldades, ele vai se deixar guiar pelas músicas que deram sentido à sua vida e descobrir que a estagnação não o tornou um homem sem ambições. Seu interesse pela cultura pop é real, sua loja ainda é o trabalho dos sonhos e Laura talvez seja a única ex-namorada pela qual vale a pena lutar. Um romance sobre música e relacionamento, sobre as muitas (...)
Sete Dias Sem Fim, de Jonathan Tropper, 304 páginas.
Judd Foxman pode reclamar de tudo na vida, menos de tédio. Em questão de dias, ele descobriu que a esposa o traía com seu chefe, viu seu casamento ruir e perdeu o emprego. Para completar, seu pai teve a brilhante ideia de morrer. Embora essa seja uma notícia triste, terrível mesmo é seu último desejo: que a família se reúna e cumpra sete dias de luto, seguindo os preceitos da religião judaica. Então os quatro irmãos, que moram em diversos cantos do país, se juntam à mãe na casa onde cresceram para se submeter a essa cruel tortura. Para quem aprendeu a vida inteira a reprimir as emoções, um convívio tão longo pode ser enlouquecedor. Com seu desfile de incidentes inusitados e tragicômicos, Sete dias sem fim é o (...)
Um Trabalho Sujo, de Christopher Moore, 448 páginas.
Charlie Asher é um cara bastante normal. Um pouco avoado, neurótico acima da média, um tanto hipocondríaco. Ele é o que se conhece por Macho Beta: o tipo de sujeito que consegue se safar sendo cuidadoso e persistente. Aquele tipo que aparece para consolar a garota que levou um pé na bunda do Macho Alfa. Pessoas “batem as botas” perto dele, corvos se empoleiram na fachada de seu prédio. Nomes desconhecidos começam a aparecer na agenda de Charlie e, antes que ele se dê conta, essas pessoas já partiram desta para melhor. É... parece que o nosso Macho Beta foi recrutado para um novo trabalho, bastante desagradável, mas absolutamente indispensável, e seu patrão é nada mais nada menos do que a Morte. (...)
Charlotte Street, de Danny Wallace, 400 páginas.
Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street. E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-professor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema. Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder... É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam (...)
Resposta Certa, de David Nicholls, 346 páginas.
O ano é 1985. Brian Jackson, com uma bolsa de estudos e ótimas notas, acaba de entrar para a universidade. E parece que finalmente conseguirá realizar um antigo sonho: aparecer em um popular programa de perguntas e respostas na televisão, onde poderá demonstrar todo o seu repertório de cultura geral. Após entrar para a equipe da faculdade e passar pela fase classificatória, Brian se prepara para seu primeiro embate televisivo, ao mesmo tempo em que se vê apaixonado por uma de suas colegas de time: a linda, inteligente e assustadoramente elegante Alice Harbinson. Quando Alice se recusa a ceder aos encantos ligeiramente ansiosos de Brian, ele aparece com um plano infalível para conquistar o coração (...)
Clube da Luta, de Chuck Palahniuk, 272 páginas.
A primeira regra do Clube da Luta é: não falar do Clube da Luta. A segunda regra do Clube da Luta é: não falar do Clube da Luta. A terceira regra do Clube da Luta é: dois homens por luta. No mundo apocalíptico de Tyler Durden, os rituais secretos da luta são vividos como um desafio a todos os limites. O que é a lealdade? Que sentido faz pertencer a um grupo? A solidão é uma libertação ou a imagem íntima do terror? O clube da luta é idealizado por Tyler Durden, que acha que encontrou uma maneira de viver fora dos limites da sociedade e das regras sem sentido. Mas o que está por vir de sua mente pode piorar muito daqui para frente. O livro foi filmado em 1999, Por David Fincher, que possui duas nomeações (...)
O Projeto Rosie, de Graeme Simsion, 320 páginas.
Para se ter a vida de Don Tillman, não é preciso muito esforço. Às terças-feiras come-se lagosta com salada de wasabi, todos os compromissos são executados de acordo com o cronograma e se, apesar dessa programação, algum desagradável contratempo surgir em sua rotina, não há nada que não possa ser solucionado com meia hora de pesquisa científica. Exceto as mulheres. Até o momento, a única coisa não esclarecida pelos estudos no campo de atuação de Don, a genética, é o motivo para sua incapacidade de arrumar uma esposa. Uma namorada ao menos? Ou até mesmo uma amiga para somar ao seleto grupo de amigos de Don, formado por Gene, também professor e Claudia, sua esposa compreensiva. Para solucionar esse problema (...)
Perdão, Leonard Peacock, Matthew Quick, 224 páginas.
Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: (...)
Na Companhia das Estrelas, de Peter Heller, 352 páginas.
Em um mundo devastado pela doença, Hig conseguiu escapar à gripe que matou todo mundo que ele conhecia. Sua esposa e seus amigos estão mortos, e ele sobrevive no hangar de um pequeno aeroporto abandonado com seu cachorro, Jasper, e um único vizinho, que odeia a humanidade, ou o que restou dela. Mas Hig não perde as esperanças. Enquanto sobrevoa a cidade em um avião dos anos 1950, ele sonha com a vida que poderia ter vivido não fosse pela fatalidade que dizimou todos que amava. Hig é um guerreiro sonhador. E tem uma imensa vontade de gente, apesar da desilusão que se abateu sobre ele. Por isso é capaz de arriscar todo seu futuro quando, um dia, o rádio de seu avião capta uma mensagem (...)

E ai? Gostaram dos livros? Entre os autores que mais estão presentes no gênero estão Nick Hornby, Jonathan Tropper, Christopher Moore, Chuck Palahniuk, Matthew Quick, Jonathan Safran Foer, David Nicholls, Pete Dexter com o seu recente adaptado, "Paperboy" e Mark Zusak tanto com a trilogia dos Irmãos Wolfe como com "Eu Sou O Mensageiro". No Brasil temos ainda como exemplo "Um Mundo Brilhante", vários livros de Haruki Murakami, ou ainda "O Ancião Que Saiu Pela Janela e Desapareceu". Poderia citar vários de várias editoras e que são do gênero em mais ou menos grau. A questão é que eles estão ai e muitas editoras ainda os lança com capas cheias de frufru em busca do público feminino, que segundo pesquisas é o que mais lê no Brasil. Com isso o mercado perde a chance de conquistar o leitor masculino. Espero que com esse post, não só as dicas, vocês leitores se inteirem mais e aproveite o gênero. Tem muita coisa boa por ai dentro do gênero. E para vocês homens mais novos, rapazes, adolescentes, seja qual o nome que preferir ainda existem mais opções ainda como John Green, autor cultuado com vários livros com protagonistas homens e com uma visão masculina. David Levithan, Andy Robb, Ernest Cline, enfim, muitos outros. Vou ficando por aqui! Espero que aproveitem! Até mais!

15 comentários:

  1. Adorei,obrigada por me explicar isso.Acabei de ler a sua resenha sobre o livro "O projeto Rosie" e não entendi muito bem o que os termos "dude-lit" e "lad-lit" queriam dizer.
    Nunca tinha ouvido falar em tais termos,mas já li algo do gênero sem saber que se tratava de um dude-lit". Confesso que não é minha leitura favorita,até porque causa estranhamento no começo,pois a maioria dos livros tem como personagens principais mulheres,adolescentes e crianças do sexo feminino.
    Vou tentar ler algo do que vc recomendou para vê se me acostumo melhor com esse gênero não tão antigo assim,mas que tá cada vez mais se tornando sucesso.:)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Li a resenha e também não entendi os dois termos, um era deduzível o outro não. Não sabia que tinha um nome, mas já tinha visto mesmo vários livros para homens, apesar de não ter ligado ao gênero, então acho que é legal porque mesmo que não devesse ter divisão deve ser bem chato para homem ler alguns livros com mulher narrando assim como é para mulher. Não combina e ponto, não é machismo ou feminismo, só um foi feito para um e pronto. Igual tipo de tênis, essas coisas. Prefiro os mais suaves do gênero eu acho então se fosse ler leria o 3º, o 5º, o 7º e o 8º. Já li Charlotte Street e não gostei muito, e já li livros do David Nicholls e tenho vontade de ler outros. Assim como do Matthew Quick que li O Lado Bom da Vida. Quero ler Paperboy e nem sabia que era dude-lit.

    Amei a ideia do post e foi ótimo conhecer mais. Vou prestar atenção agora. Bjo!

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  4. Na Companhia das Estrelas é o próximo que vou comprar, sério. Desejo muito esse livro, muito mesmo. Foi tipo "amor à primeira vista". Não vamos negar né, é lindo, tem um enredo incrível e o autor é bom! u_u

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  5. Não sabia que tinha esse nome, mas é bom saber. Li livros assim e gostei bastante e nem sabia como chamava ao certo :S
    Resposta Certa por exemplo, foi um livro muito gostoso de ler pra mim. E quem não ama livros narrados por garotos? Eu prefiro, estranhamente prefiro do que por meninas. Por homens fica mais diferente, tem mais graça. Narrado por mulheres acaba caindo na mesmice as vezes...sei lá, mas é bem gostoso ler esses livros narrados por meninos.

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  6. Alguns parecem interessantes, é uma proposta boa pra dar uma diversificada nas coisas. Acho que a narrativa fica menos "melosa" na maioria dos casos. Não li nenhum deles, mas Sete Dias Sem Fim, O Projeto Rosie e Na Companhia das Estrelas sem dúvida me fazem ter vontade.

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  7. Já li apenas um deles, Charlotte Street, mas tenho muita vontade de ler O Projeto Rosie e Resposta Certa, além dos do Matthew Quick. Paperboy pode ser que leia, não conheci o termo antes e adorei o post. Podia fazer com outros subgêneros. Abs!

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  8. Ainda não li nenhum desses, mas vi os filmes e gostei! Não sabia dessa denominação, mas é até meio óbvio que exista, pra 'contrapor' o chick-lit...
    O Projeto Rosie é um que estou louca pra ler, e os do Matthew Quick!
    Eu achava que Na Companhia das Estrelas fosse ficção científica, cheguei a ler algumas resenhas, mas ninguém comentou sobre isso...
    Realmente, as capas de alguns imagino que afastem mesmo o público masculino!!

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  9. Muito boa a dica! Eu já li poucos livros narrados por homens, mas todos os que eu li são ótimos. O hábito de ler livros geralmente narrados por mulheres é apenas coincidência, eu não faço separação.
    Adorei as dicas de livros, entre esses que você citou eu já li "Na Companhia das Estrelas", "Clube da Luta" e "Resposta Certa", todos ótimos livros. Vou pesquisar esses outros.

    ;***

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  10. Quero ler O Projeto Rosie, Na companhia das estrelas e Perdão. Não sabia isso do dude-lit e lad-lit

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  11. Eu não conhecia gênero, as vezes eu via as pessoas se referindo a algum livro apenas por chick lit, narrado por homens. Gostei do post :)
    Eu quero ler O Projeto Rosie e Perdão, Leonard Peacock.
    Espero gostar do gênero
    Bjs

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  12. Eu não sabia que tinha um nome pra esse novo genero, e nem sabia nada sobre lad-lit ou dude-lit. Também não sabia que Perdão, Leonard Peacock era narrado por um homem.
    Quero muito ler Na Companhia das Estrelas, O Projeto Rosie e Perdão, Leonard Peacock.
    Beijos

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  13. Eu não conhecia esses termos não, mas tem livros aí que eu quero ler como Sete dias sem fim, Perdão, O projeto Rosie e Na companhia das estrelas.
    bjs

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  14. Eu não conhecia esses termos não, mas tem livros aí que eu quero ler como Sete dias sem fim, Perdão, O projeto Rosie e Na companhia das estrelas.
    bjs

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  15. Hummm eu não sabia que se chamavam assim bem interessante, eu leio poucos livros narrados por personagens homens, mas eles são bem interessantes e eu to louca para ler O Projeto Rosie.
    Beijos

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