Semana de Thrillers Intrínseca - O Tema

E ai? Como vai o dia? Hoje eu trago para vocês o terceiro dia da Semana de Thrillers Intrínseca. E como vocês sabem o tema da semana é "A Síndrome E" do francês Franck Thilliez. Pensando no livro e em seu tema eletrizante pensei em falar sobre um dos temas do livro. E para você que está curioso para conhecer o livro se anime porque a Intrínseca promete lançar ainda esse ano mais uma história com o detetive Sharko. Vamos ao assunto. Estou falando das mensagens subliminares e do seu efeito no nosso cotidiano.

Na trama do livro o detetive precisa de aliar a Lucie para desvendar o mistério por trás de um misterioso filme, repleto de imagens secretas e assim ligar os pontos entre os assassinatos e o rolo de filme. Passeando com riqueza pelo mundo dos cinéfilos e da neurociência o autor consegue um livro riquíssimo de informações. E você consegue detectar imagens sublimares? Acredita que no nosso dia a dia podemos estar sendo bombardeados com cenas que apenas nosso cérebro e nosso subconsciente consegue ver? Assustador não é mesmo?

O jogo que você, seus primos ou até seus filhos adoram. Aquele filme que você não cansa de assistir, a novela ou mesmo uma propaganda. O método que ficou tão conhecido como "mensagem subliminar" veio a luz no ano de 1957 nos Estados Unidos quando o especialista em marketing James Vicary resolveu patentear uma nova técnica chamada projeção subliminar. A técnica consistia em utilizar o taquitoscópio, um aparelho capaz de projetar imagens muito rápidas para o olho humano captar. Cerca de 0,00033 segundos. Imagens que seriam escondidas em filmes, comercias, etc. O problema surgiu pouco tempos depois quando o assunto ganhou amplitude e instituições começaram a questionar não só a técnica como sua eficiência. Canais de televisão fizeram experiências, e a associação de católicos começaram a culpar a todos pelo uso em propagandas de produtos alcoólicos e sexuais. Com a pressão crescendo Vicary confessou que não fez testes o suficiente para afirmar que o método funcionasse.

O assunto então esfriou e só voltou a baila em 1973 quando o autor Wilson Key lançou um livro acusando agências de publicidade de usar mensagens sublimares em jornais, revistas e na televisão para aumentar as vendas. O problema surge quando analisamos mais a fundo o significado do subliminar.

Hoje os cientistas já conhecem bem mais o nosso cérebro e faz pouco tempo que determinaram que não existe um limiar entre o que é percebido de cara e o que fica subliminar, o que acontece é uma faixa que varia de pessoa para pessoa. Encontrei um artigo bastante interessante sobre o assunto nesse link e por incrível que pareça imagens como aqueles que você vê quando busca no Google por imagens subliminares não são e não possuem nada de subliminar.

Quem quiser uma explicação mais detalhada leia o artigo. Nele o autor explica a diferença e a capacidade do nosso cérebro de absorver através do subconsciente. É quase nulo o tempo que uma imagem projetada apenas para o cérebro dura em nossa mente. O assunto é controverso, mas bastante interessante. Existem até ONGs para tratar do assunto, mesmo sendo considerado um sofismo pela maioria dos cientistas e publicitários.

Se um dia vai ser possível não sabemos, afinal a capacidade do nosso cérebro ainda é um mistério, mas que seria interessante. Assim como é fascinante acompanhar a histórias e a trama apresenta por Franck Thilliez em "A Síndrome E". O assunto é rico e prende o leitor pelos detalhes e pela sofisticação do quebra-cabeça que o autor propõe ao leitor. Não percam a resenha e os sorteios do fim de semana. Por hoje é isso! Até mais!