18/04/2015

Resenha - Reboot


Nome: Reboot
No Original: Reboot
Autor (a): Amy Tintera
Tradutor (a): Fabiana Colasanti
Páginas: 352
Comprar: Submarino - Travessa - Saraiva - Cultura
Sinopse: Há 5 anos, ela morreu. 178 minutos depois, acordou. Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. Quanto mais tempo uma pessoa permanecia morta, menos traços de humanidade ela apresentava ao retornar como um Reboot. E esse foi o destino de Wren Connolly, agora conhecida como 178, a Reboot mais implacável da CRAH (Corporação de Repovoamento e Avanço Humano). Como a mais forte, sua principal função é capturar Reboots e humanos rebeldes que representam ameaças à população, além do treinamento de novos Reboots. Quando a nova leva de novatos chega à CRAH, um simples 22 chama a atenção de Wren. E a convivência com ele faz com que 178 comece a questionar a própria vida e o rigoroso método da corporação à qual tanto se dedicou. Quando a Reboot mais implacável começa a questionar suas convicções, a realidade dos reinicializados começa a mudar.

Por mais que sempre prometa não começar séries, trilogias e duetos novos toda vez que sai uma distopia que estava curiosa sobre desde que conhecera no Goodreads não resisto em conferir. O livro de estreia de Amy Tintera é o primeiro do dueto de mesmo nome e apresenta um cenário desolador e intrigante, que consegue surpreender o leitor que já está marinado de tantas distopias. Conheçam Reboot e descubram porque vale a pena lê-lo mesmo após várias distopias.

Wren é uma reboot, e não é qualquer uma. Ela morreu há 5 anos e acordou 178 minutos depois. Em um mundo onde um vírus dizimou grande parte da população, ser um reboot significa ser parte da população que não foi simplesmente morta pelo vírus. Ninguém sabe porque eles despertam depois de mortos, tudo o que sabem é que quanto mais tempo você demora a voltar, mais capacidade você possui. Quanto mais jovem maior a chance de você se tornar um reboot útil, que não será uma ameaça para todos cego pela vontade de comer carne. Os reboots são rápidos, fortes, se curam de feridas e são quase invencíveis. Muitos acreditam que quanto mais você demora a voltar menos traço de humanidade você terá e Wren como a 178 aproveita o respeito que seu número impõe. A CRAH mantém todos os reboots na linha e Wren está acostumada com sua rotina de missões capturando humanos criminosos, além de rebeldes e adultos que reiniciaram e agora são um perigo para sociedade além dos treinos dos novos reboots. Wren sempre escolhia os novatos com números altos, novatos com número baixo eram problemáticos demais e duravam pouco, porém quando a nova leva de novatos chegou trazendo Callum, um simples 22 a vida de Wren muda. O garoto com suas perguntas a fez questionar sua escolha, faria diferença se ela sempre treinasse os mais baixos e os melhorassem por ela ser a mais alta? Wren acredita que não pode sentir emoções humanas, afinal passou tempo demais morta, mas Callum a fará questionar estas e outras crenças, fazendo-a questionar o que antes seguia de forma tão certa. A CRAH, a verdade sobre o que eles fazem com os reboots, e o que essa vida reserva para todos os reboots.

Essa é a premissa de Reboot e estava receosa de que fosse apenas mais do mesmo, um universo distópico, uma protagonista durona que muda totalmente por causa de um garoto e luta pela liberdade até um hiato que deixa o leitor com vontade de ler o livro dois, porém estava bem enganada. Além da narrativa envolvente Tintera se mostra uma autora perspicaz explorando apenas o suficiente do vírus, do que aconteceu e de como os reboots pararam sob o controle da CRAH, deixando o leitor satisfeito e curioso. A ambientação é outro ponto forte do livro, com um futuro onde o vírus dizimou a população temos cidades esparsas, falta de comida, favelas enormes e a diferença social é alarmante. A autora acerta no tom e consegue transparecer a desolação do cenário.

Um dos pontos que mais me preocupava em relação à trama era a mudança de Wren, como a durona 178 que seguia todas as regras mudaria tanto apenas pela chegada do 22? Para meu alívio a autora tratou esse ponto de forma hábil e certeira. Se você assim como eu está na dúvida não fique, a mudança de Wren e seus questionamentos vai muito além do 22. Tintera aproveitou esse ponto para deixar perguntas para o leitor, e os capítulos finais foram diferentes de tudo o que pensei. Desde o surto que acontece com os que reiniciam abaixo de 60 até o derradeiro ponto final. Curiosa para o próximo livro.

Leitura que flui rápida e instigante, narrada pela voz de Wren a história conquistará o leitor que gosta de uma boa distopia. Amy Tintera apresenta seu universo de forma bem criativa, conseguindo destacar sua história dentro do gênero da distopia. Mesmo desenvolvida para jovens a autora não poupou cenas de ação sombrias e bem executadas. A edição da Galera está ótima, boa fonte, tradução fluída e capa bem adaptada. Um universo e uma trama que ficaria interessante se transformada em filme. Recomendado a todos que gostam do gênero e procuram algo que consegue ser criativo, com elementos próprios que se destacam, que evita tantos clichês e ainda surpreende o leitor. Leiam! Até mais!

Reboot - Amy Tintera
1- Reboot
2- Rebel

Um comentário:

  1. Achei a história um pouco confusa, mas deve ser pq não curto muito distopia.

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