19/08/2014

Resenha - Quase Casados


Nome: Quase Casados
No Original: The Nearly-Weds
Autor (a): Jane Costello
Tradutor (a): Ryta Vinagre
Páginas: 416
Editora: Record
Comprar: Submarino - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: Para Zoe Moore, o dia de seu casamento foi o mais marcante de sua vida. Ou melhor, o dia em que deveria ter se casado, mas em vez disso, foi largada no altar. Arrasada ela decide se mudar de Liverpool para os Estados Unidos. Ao chegar em Boston, ela se depara com a esperta Ruby, prestes a completar 6 anos, o adorável Samuel, que acaba de fazer 3, e o pai deles, Ryan Miller. Seu novo chefe, além de fazer uma bagunça sem precedentes e de ter um mau humor imbatível, é incrivelmente bonito. Depois de um começo um tanto decepcionante, Zoe e Ryan começam a se entender, mas ela está prestes a descobrir que recomeços podem ser mais difíceis do que esperava.

Depois de ler o primeiro livro da autora lançado por aqui emendei a leitura deste segundo. Quando o vi entre os lançamentos pensei que seria uma boa fazer isso e acabou sendo ótimo. Esse segundo livro tem uma história com mais contornos e uma protagonista em uma situação totalmente diferente. Trabalhando de forma diferente desde o tom geral até o romance e o drama, Jane Costello mais uma vez surpreende o leitor. Quase Casados é uma história que consegue ser tocante, leve e mais densa do que a anterior. Conheçam.

Zoe estava a caminho dos Estados Unidos depois de passar semanas chorando e descontando a tristeza na comida. Com sete quilos e meio a mais e um frio na barriga ela estava em busca de esquecer Jason, o homem que ela considerava perfeito, que amava e que a deixara parada no altar, sozinha, depois de horas de espera. Zoe ainda não acreditava que Jason a abandonou no altar e mesmo com sua mãe dizendo para ela não ir, Zoe parte em busca de se reerguer. Porém já ao chegar as coisas começam a dar errado. A família para quem ela trabalharia tinha recuperado a antiga babá e ela não iria mais acompanhá-los na viagem a Bermudas. Agora Zoe trabalharia para os Millers, que tinha dois filhos, um de seis e uma de três, mas para o choque de Zoe, Ryan Miller é um viúvo que dá pouco atenção aos filhos, trocando de mulher e bebendo sempre que possível, passando todo tempo fora de casa, deixando tudo de pernas para o ar e duas crianças que não conhecem regras. A hora de dormir é um pesadelo, eles só sabem assistir televisão e comer doces, mas o pior disso tudo é o jeito grosseirão e mal-humorado que Ryan a trata. O começo é decepcionante e mesmo tendo trocado a faculdade por aquilo que ama, que é cuidar de crianças, Zoe começa a duvidar de sua capacidade. Seu trabalho é cuidar das crianças, mas Ryan parece não entender isso. Zoe tem que receber cartas nojentas de uma amante misteriosa, lavar as roupas deles e lidar com sua personalidade. Mas ela ama as crianças e sofre por vê-los sozinhos. Ryan esquece que ele não foi o único que perdeu a mulher que amava. Quando uma briga e um acidente acontece, Zoe tem certeza de que está numa encruzilhada.

Essa é a premissa da história e é a partir dela que a autora desenvolve uma história gostosa e mais complicada com que aparenta. A narração mais uma vez é em primeira pessoa, mas Zoe conseguiu me cativar mais rápido do que imaginei. Mesmo tendo sido largada no altar, Zoe não ficara se lamentando e acompanhar sua vida nos Estados Unidos, com toda a diferença cultural e o caos que é as crianças Millers foi divertido e tocante. Alternando bem os momentos leves e pesados a autora faz mais do que contar a história de Zoe, ela conta uma história de perda e superação. O quanto a perda da mãe afeta uma família e como curar essas feridas.

A ambientação doméstica funciona muito bem, evoluindo ao longo dos capítulos e mudando o suficiente para não ficar repetitiva. Foi gostoso acompanhar as mudanças que Zoe promoveu nas crianças e no pai delas, sendo que mais uma vez Costello me surpreendeu focando no drama mais do que no romance. Em suas histórias os dramas ganham mais corpo dando ao romance outro significado. Foi bem diferente ver um romance nascendo em meio a crianças visto que a maioria dos livros do gênero foge delas, como acontece na realidade, ninguém quer um homem que já tenha filhos e a história contada pela autora é cativante por mostrar outro lado dessa moeda. Zoe cresce bastante também como protagonista e ao final acabamos querendo saber mais do que acontece, querendo vê-la depois de tudo acertado com todas, as crianças e tudo.

Leitura rápida, que conquista logo nas primeiras páginas e que à medida que avança surpreende pelos rumos e pelo tom. Jane Costello mostra que suas histórias são mais do que romances, retratando com destreza situações que estão aí pelo mundo e nesse caso toca pela mensagem, pela possibilidade de superação para ambos. A edição da Record está ótima, fonte, tradução e capa, que casa muito bem com a arte anterior dando identidade a autora. Recomendado a todos que procuram um chick-lit que vai além do romance e do doce, com drama, tristezas e superação. Leiam e se encantem com a história! Até mais!

6 comentários:

  1. Muito bacana focar mais no drama do que no romance. Bem inovador mesmo o livro ter um romance nascendo em meio a crianças nesse gênero , acho que nunca vi. Fiquei bem curiosa e com certeza vou ler. Ao ler a premissa também achei ela com uma história mais "pesada" do que o outro livro da autora.
    Capa fofa demais!!!
    Ótima resenha! Abraços, Min!

    ResponderExcluir
  2. Olá, Yasmin
    Tudo bem?
    Sou louca por esse tipo de capa, acho super fofinho rsrsrs. Amei conhecer o livro, parece ser super legal, quero muito conhecer a narrativa da autora. Amei a resenha!
    Beijos*-*
    Território das Garotas

    ResponderExcluir
  3. Oieee.
    Quando bati o olho nessa capa tive uma ideia bem diferente do que se tratava o livro, achei que era mais um "seção da tarde", me enganei ;)
    Por não conhecer a autora não sabia o que esperar e eis que aparece essa surpresa do livro conseguir passar tantas mensagens legais.
    Eu gostei!!

    ResponderExcluir
  4. Adorei conhecer os livros, eu adoro Marian Keys e acho que precisa de mais chick-lit no Brasil, tem saído tão poucos ultimamente e os antigos que acho da Record são tudo super caros ou esgotados, a capa é super legal mesmo, todo autor devia ganhar um estilo próprio assim, adorei a história só de ler a resenha, que tá ótima! Abs!

    ResponderExcluir
  5. Minha mãe ama esse tipo de narrativa, kk

    ResponderExcluir
  6. Chick-lit é realmente a minha praia, portanto a resenha é super bem-vinda e vou prestar mais atenção quando for a livraria! Obrigada!

    ResponderExcluir

Respeito é bom e eu gosto.
Não use palavras grosseiras, seja educado.
O blog é um lugar amigável, aja de acordo.