13/04/2014

Resenha - O Último Homem Bom


Nome: O Último Homem Bom
No Original: Den sidste gode mand
Autor (a): A.J. Kazinski
Tradutor (a): Cristina Cupertino
Páginas: 480
Editora: Tordesilhas
Comprar: Submarino - Siciliano - Saraiva - Cultura
Sinopse: Em Pequim, um monge cai morto em sua cela. Uma marca terrível e desconhecida cobre-lhe as costas. Em Mumbai, um economista adorado por ajudar os pobres morre de forma repentina. Seu cadáver ostenta a mesma marca. Ao redor do mundo, há relatos de mortes semelhantes – e todas as vítimas eram humanitários. Em Veneza, um policial dedicado lança pela Interpol um alerta para a polícia das principais capitais do mundo: encontrem as pessoas boas do seu país e digam-lhes o que está acontecendo. Em Copenhague, onde estava para ser realizada a Conferência Mundial sobre o Clima, a tarefa é entregue ao detetive Niels Bentzon. Treinado para enxergar o pior da humanidade, a princípio ele não é bem-sucedido em sua busca. Quando já estava quase desistindo, conhece Hannah Lund, uma cientista brilhante que o ajuda a juntar as peças do quebra-cabeça: segundo as escrituras judaicas, a cada geração existem na terra 36 pessoas boas, ou “justas”. Sua função é proteger-nos, e sem elas a humanidade pereceria. Trinta e quatro estavam mortas e era preciso encontrar as outras duas.

No ano passado depois de cadastrar um ou dois livros da editora no Skoob e ir atrás de conhecer o catálogo deles acabei conhecendo o livro que é a estreia da dupla dinamarquesa Anders Rønnow Klarlund e Jacob Weinreich criaram sob o pseudônimo A.J. Kazinski. O livro, vendido para diversos países e bestseller internacional é uma mistura elegante de mistério policial com thriller conspiratório de mistério. Unindo perspicácia com uma pesquisa interessante acerca de uma lenda do judaísmo os autores desenvolveram sua história.

Niels Bentzon estava começando mais um dia de trabalho após uma difícil negociação no dia anterior quando seu chefe pediu que ele fizesse algumas pesquisas em um caso que havia chegado da Interpol. Não era nada seu chefe dissera, apenas uma prevenção para caso acontecesse algo e a polícia fosse culpada. Quando seu chefe falou que ele teria de ir atrás das pessoas boas da cidade e preveni-las ele não acreditou. Mas era isso mesmo. O alerta dizia que alguém estava matando as pessoas boas do mundo. Bentzon listou algumas pessoas, humanitários, advogados dos direitos humanos entre outras pessoas do meio e começou suas visitas apenas de praxe. Quando Niels vai atrás do marido de Hannah Lund descobre que ele se mudou para o Canadá, mas o mais importante é as informações que Hannah passa para ele. Hannah é uma astrofísica, de Q.I. elevado e que sempre foi brilhante. Hannah conhece a história dos 36 homens bons que Deus colocou na terra. A história vinda do judaísmo tem paralelos que não podem ser apenas coincidência. A lista de casos que o detetive italiano enviou pela Interpol é grande e pelos números que Hannah descobriu nas estranhas marcas nas vítimas ainda faltam muitas. Correndo contra o tempo e a pressão que surge pelas visitas importantes que a cidade vai receber Niels precisa descobrir se o caso é real e se for quem será a próxima vítima. O detetive italiano acredita que será na Dinamarca, mas quem e porquê? Como descobrir qual é a pessoa boa correta? E o detetive italiano, será essa apenas uma obsessão sem sentido ou um caso assustadoramente real?

É a partir dessa premissa que a história se desenrola e para um thriller policial com traços históricos a narrativa é bastante cadenciada. Os autores preferiram investir em mais densidade do que velocidade. Antes de finalmente chegarmos à conclusão de que o caso tem a ver com os 36 homens bons os autores desenvolveram bastante o protagonista e também outras pontas secundárias da história. Por um lado o ritmo mais lento na primeira metade foi ótimo para aumentar o clima tensão da trama, mas por outro teve pistas mal aproveitadas. A história flui de verdade e conquista a atenção do leitor a partir do momento que Hannah Lund entra na história. É ai que a história muda.

Hannah é uma personagem interessante desde sua primeira aparição. As curiosidades e informações que ele acrescenta ao caso são fantásticas, rendendo passagens ótimas, onde o leitor não só tenta montar o caso e descobrir o que está acontecendo como também se vê conhecendo coisas novas. O modo como Hannah descobriu o quadro geral dos assassinatos foi muito inteligente e tornou a parte final do livro muito melhor do que a primeira. O grande problema que tive foi a resolução do caso. O fim real do livro não me agradou. Estava esperando uma conclusão bombástica depois do ótimo meio e foi apenas bom.

Leitura que começa lenta e acelera a medida que o caso ganha mais informações. Os autores conseguem no geral uma história criativa, que peca em poucos aspectos e mantém o leitor preso até o final, instigado em busca de respostas e pelos personagens interessantes. A edição da Tordesilhas está ótima, diagramação e fonte. Uma pena que a capa não é a original que casa com a do segundo livro. Recomendado a todos que procuram um thriller diferente, que investe em personagens interessantes, em um cenário único e em uma trama de camadas, que se desvenda aos poucos. Leiam! Até mais!

Niels Bentzon - A.J. Kazinski
1- O Último Homem Bom
2- O Sono e A Morte
3- Sem Título Ainda

7 comentários:

  1. Adoro thrillers com tramas tipo Dan Brown sabe, com religião, ação e tudo por isso adorei conhecer o livro, não conhecia e pelo que disse na resenha é perfeito, do jeito que adoro, leio rapidinho, e melhor ainda que é série/trilogia. Ótima resenha como sempre! Aguardando a 2! Beijos!

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  2. Eu não conhecia o livro, mas não fiquei muito interessada, até gosto do gênero, mas algo neste livro não chamou a minha atenção. Eu sou muito assim, de que o livro tem que chamar minha atenção desde o início, se não chamar eu vou demorar uma eternidade para mudar de opinião e tentar lê-lo, muitas vezes me surpreendo, mas prefiro ir com extrema sede ao pote e cair do cavalo ou ficar extasiada, haha. Então, acho que desta vez eu passo...

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  3. Achei que o livro tem suspense demais. Eu até gosto de suspense, mas não quando é o foco principal da história. Não sei se leria esta história...

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  4. Uau! É difícil escrever em co-autoria e esse livro parece ser envolvente até a última palavra. Confesso que o que me deixou curiosa é o fato de investirem na densidade da trama e não na velocidade.
    Vou lê-lo mais para frente, porque assim dá um tempinho para esquecê-lo e me surpreender com a narrativa.
    Beijocas ^^

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  5. Já li muitos thrillers com religião, conspiração e essas coisas, mas nos últimos tempos tenho lido pouco, falta de tempo e falta de achar, nem sabia que esse livro era e parece ótimo, bem interessante o que falou da história por trás da trama. Adorei a resenha, fiquei curiosa, vai para a lista, bom achar livros do gênero que adoro! Abs!

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  6. Adorei. É um gênero que gosto muito e tenho lido pouco ultimamente. Parece ser um suspense sensacional, que prende o leitor do começo ao fim. Pretendo lê-lo assim que der.

    Beijinhos!!

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  7. Oi, tudo bem?

    Esse seria um dos livros que possivelmente eu iria gostar, visto que adoro esse gênero. Não tinha lido nada sobre o mesmo, contudo, fiquei curioso quanto a trama e espero lê-lo algum dia. Adorei a resenha. =D

    Abraços,
    Gustavo Demétrio

    VIDA DE LEITOR - vidadeleitor.blogspot.com.br

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