10/12/2013

Séries #06 - Reiniciados

Oi! Como vai o dia? A coluna Séries está de volta em uma edição muito especial. A trilogia Reiniciados começou a ser lançada esse ano pela Farol Literário e se transformou em uma das minhas melhores leituras. Todos sabem que gosto de distopias, e a maioria também sabe que adoro escritores britânicos. O estilo é diferente e os melhores livros que li nos últimos doze meses são de origem britânica. Mas voltando. A resenha do primeiro saiu em abril e a resenha do segundo saiu hoje, mas se você ainda não conhece ou não teve a chance de começar a trilogia aproveitem o post para conhecer, e não percam tempo:

As lembranças de Kyla foram apagadas, sua personalidade foi varrida e suas memórias estão perdidas para sempre. Ela foi reiniciada. Kyla pode ter sido uma criminosa e está ganhando uma segunda chance, só que agora ela terá que obedecer as regras. Mas ecos do passado sussurram em sua mente. Alguém está mentindo para ela, e nada é o que parece ser. Em quem Kyla poderá confiar em sua busca pela verdade?

Kyla não deveria se lembrar de nada que viveu antes de ser Reiniciada. Mas segredos e recordações atormentam sua mente. Presa em uma luta contra a opressão dos Lordeiros e ansiando por liberdade, Kyla vê passado e presente numa rota de colisão que ameaça sua vida. Enquanto continua sua busca desesperada por Ben, em quem ela poderá confiar em um mundo repleto de segredos e mentiras? Situado em um futuro sombrio, Fragmentada é uma leitura fluente e cativante, que coloca Teri Terry como uma das grandes escritoras da atualidade.

A história chama atenção em primeiro lugar pela premissa de se apagar a personalidade, apagar tudo o que a pessoa é caso ela cometa algum crime abaixo dos dezesseis anos. E a segunda coisa que pode ser decisiva é o clima da história, o ar que a autora imprime. Resgatando uma atmosfera vista apenas em grandes clássicos do gênero, de quando a distopia ainda era uma parte da ficção-científica. Por ex. para os leitores que julgam os livros e não leem achando que é jovem demais posso dizer que o tom, o ambiente e a trama são impressionantes, complexos e muito ricos. Não posso dizer com certeza, mas é nítido que autora foi influenciada por obras como V de Vingança de Alan Moore e 1984 de George Orwell. Além disso Terry possui o dom de acertar no tom de cada personagem, eles soam como pessoas reais, onde a linha entre o bom e o ruim nem sempre é clara. E que os culpados pela situação estão de ambos os lados.

A Farol antes do lançamento liberou mistérios e trechos especiais do livro dois de uma forma bem legal. Quem quiser pode conferir no facebook da editora antes de ler o livro ou então para apaziguar enquanto espera pela chance de lê-lo. No site da autora você encontra conteúdos bem legais e ela é bem simpática. Também há uma entrevista e um post sobre a garota que aparece nas três capas da trilogia. Achei bem legal a autora ir atrás de conhecer a história da menina. Enfim. Passem por lá. E se quiser a autora também está no tumblr.

E para encerrar segue a entrevista que a Farol e diversos blogueiros parceiros fez com a autora na época do lançamento do primeiro livro. Conheça um pouco sobre a autora, suas ideias e sua história com Reiniciados:

Teri Terry, cujo nome e sobrenome têm a mesma pronúncia, como ela explica aqui nesta entrevista com os blogueiros, fala da singularidade da narrativa de “Reiniciados”, de sua pesquisa para a escrita e sobre a possibilidade de reiniciar pessoas em nossa sociedade. Você vai ler perguntas de Luciara Silva, do Leituras e Devaneios; da Brenda Lorrayne, que resenha para o blog Catavento de Ideias; do estudante Guilherme Cepeda, do Burn Book; da blogueira do Arquivo Passional, Elis Culceag; da blogueira carioca Kel Costa, que escreve no It Cultura. Também participam com curiosidades Juliana Utuyama, da página Up!Brasil e por fim, Yasmin Carli, que planta sementes em forma de letras no Cultivando a Leitura. Confira o resultado aqui:

CI – Em um ambiente literário recheados de distopias, “Reiniciados” tem uma premissa de enredo bastante singular. Como funcionou seu processo de criação do livro?
TT – “Reiniciados” começou com um sonho que tive – de uma garota correndo, apavorada, em uma praia.  Acordei muito cedo depois de ter este sonho e escrevi antes  de estar  realmente acordada, e assim continuei escrevendo. A história cresceu a partir do sonho, por isso não foi uma escolha consciente seguir  nessa direção. No entanto, existem muitos temas na história que me fascinam como: a identidade e o que faz com que sejamos o quem somos; o que faz de alguém um criminoso violento - algo dentro deles, ou a forma como eles foram criados e as experiências que tiveram.

BB – Você pensa que esse conceito de "Reiniciados" poderia ser aplicado na sociedade atual, nos modelos de terroristas e afins que nem é  falado no livro?
TT – O que faz de um romance distópico interessante, na minha opinião,  é quando você pode ver que o que está acontecendo de errado na sociedade é algo também atraente.  É fácil ver como uma solução como a de Reiniciados tem apelo, especialmente quando aplicada aos criminosos muito jovens ou terroristas. Ninguém quer prender um adolescente de 14 anos para o resto de sua vida, mas e se pela gravidade  do crime não fosse seguro libertá-lo? “Reiniciados” dá uma solução que faz as pessoas se sentirem seguras, e dá uma segunda chance para jovens infratores. Mas olhando de outro ponto de vista, se uma pessoa é a soma de suas experiências e memórias, reiniciá-las não seria como matá-las? Seu corpo pode viver, mas o que fez eles serem quem eram foi levado embora. Como isso pode ser uma punição justificável? Então a minha resposta é: eu posso ver o apelo de reiniciar uma pessoa, mas eu espero que isso nunca aconteça de fato.

CL e AP – Como foi a sua pesquisa para compor a personagem Kyla? Você deve ter tido de ir à fundo para construir as nuances da memória e da sua perda. Você conversou com pessoas que perderam a memória ou com médicos especializados nesta área da medicina?
TT – Eu sempre me interessei pela psicologia da mente e pelas teorias da neurociência. Estudos recentes, feitos com ratos, mostram que neurônios específicos no cérebro, quando estimulado, incitam certas memórias. Com meus anos de graduação em ciências, eu fiz uma série de cursos de psicologia, e mais tarde em outros cursos estudei a estrutura e função cerebral. Além disso, eu confiei em pesquisa na internet e em minha imaginação.

AP – Na história, Kyla está cercada de pessoas que acompanham sua reintegração à sociedade como uma "reiniciada": médicos, professores, psicólogos e a nova família, mas ela não consegue confiar em ninguém. Essa situação tem paralelo com a nossa realidade atual?
TT – Eu não tenho em mente nenhuma situação real na construção dessas personagens ou fatos, embora sejauma coisa lamentável que às vezes as pessoas que deveriam proteger os jovens - sua própria família, igreja, escola ou comunidade - são, por vezes, os que mais os prejudicam. Como escritora, o que mais me fascinou foi criar personagens multifacetados, que não são apenas bons ou ruins, mas que, na verdade, são mais parecidos com pessoas reais.

Termine de ler a entrevista completa nesse link.

Trilogia Reiniciados - Teri Terry
1- Reiniciados
2- Fragmentada
3- Shattered

E ai? Gostaram de conhecer a trilogia? Espero que sim. E não deixe de ler as resenhas. Te garanto que se der uma chance a trilogia não vai se arrepender. Espero que o terceiro sai logo no primeiro semestre. A capa do terceiro é linda e estou curiosa para saber se o título do terceiro vai ser Estilhaçada. A Farol fez um excelente trabalho na tradução e na edição da trilogia. E adoro quando a editora traz autores maravilhosos publicados no Reino Unido. Eles sempre são ótimos. Enfim. Se quiser ficar por dentro de tudo passe no facebook, ou no blog da editora. Por enquanto é isso! Até mais!

9 comentários:

  1. Estou louca para ler este livro. Minha amiga comprou, e vou pedir emprestado. Parece ser bem interessante, e espero que tenha diferencial, já que o que não falta hoje é distopia, haha.

    Clara
    @mmundodetinta
    maravilhosomundodetinta.blogspot.com.br

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  2. Não iniciei ainda a leitura dessa série, mas vou ler. Parece ser muito boa. Gostei da cor do cabelo na capa de Shattered

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  3. Nunca li essa série, mas acho as capas muito lindas *-*

    Bjs!

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  4. Olá, Yas!
    Pra começar eu estou doida por essa série, desde o primeiro livro vi criticas muito boas, e tuas resenhas só instigam ainda mais pra mim ler. É um tema muito complexo e interessante, que parece que a autora foi muito diva em detalhes o que tornou a trama uma das melhores dos últimos tempo. Muito interessante ela procurar a modelo da capa. Adorei a entrevista, vou conferir ela completa, e deve ser uma emoção poder entrevistar uma autora desse grau *o*. Beijinhos

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  5. Adorei! Adoro a coluna e estava esperando ansiosamente para ver da trilogia Reiniciados, a autora parece ótima em todos os sentidos, e as capas são lindas, bem legal tudo o que você falou da trilogia, parece muito boa. Vou ver o site da autora para ver o que você falou. Capa do terceiro ficou o máximo, ansiosa para ter os três em mãos. Beijos!

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  6. Primeiro gostei muito das capas e quero muito ler esses livros.

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  7. Ahh eu tenho Reiniciados aqui, e vai ser minha próxima leitura!! Já quero Fragmentada e Shattered! Sem falar que as capas são um show a parte né? lindaas *-*

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  8. eu estou totalmente viciada em distopias ( toda distopia vem em trilogia ou e impressao minha O.o kkkkk ) estou amando conhecer sobre esse livro, alem de q as capas sao divissimas!! vou ler com certeza!
    beijos

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  9. Espero que em 2014 eu consiga ler esse serie de um vez, pois a cada resenha nao me aguento pra ler esse livro.


    xx

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